Saturday 12 March 2011

PIOR QUE CHERNOBYL

Milhares de pessoas retiradas da região

Japão: acidente nuclear é o pior desde Chernobil

Cerca de 45 mil pessoas foram já retiradas da região onde está a central nuclear de Fukushima I, palco hoje de uma grande explosão, na sequência do sismo que abalou o Japão ontem. É o pior acidente nuclear desde Chernobil.


A explosão da central (NTV/Reuters)

A explosão foi classificada pela Agência Segurança Nuclear e Industrial japonesa como um acidente nuclear de nível 4 – numa escala de 1 a 7. O acidente de Three Mile Island em 1979, nos Estados Unidos, teve nível 5 e a catástrofe de Chernobil, em 1986, na ex-URSS, chegou ao nível 7. O Governo japonês afirma que a acidente está controlado. O acidente deu-se às 15h36 (6h36, hora de Lisboa), fez quatro feridos leves e lançou o pânico de que um incidente parecido com o de Chernobil se repetisse no Japão.

Mas um porta-voz do Governo garantiu que as radiações estavam a baixar e que a explosão não tinha afectado o núcleo do reactor. “A segurança dos nossos concidadãos é a prioridade que guia as nossas acções”, declarou o primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, ao final da tarde.

A central fica na costa Leste do país, 250 quilómetros a nordeste de Tóquio. O sismo causou uma avaria no sistema de refrigeração na central e um corte de electricidade impediu a recuperação deste sistema, permitindo que os bastões de combustível continuassem a aquecer, aumentando a pressão interna no reactor.

A empresa japonesa Tokyo Electrical Power Co, que gere as instalações, tentou reduzir alguma desta pressão libertando vapor radioactivo. Mas não foi o suficiente para impedir a explosão que destruiu o tecto do edifício do reactor principal. A televisão japonesa NHK anunciava ontem que o nível da radioactividade fora da central era oito vezes superior ao normal.

12.03.2011 - 09:20 Por PÚBLICO


JAPÃO: EXPLOSÃO EM CENTRAL NUCLEAR



                                                      Explosão na central nuclear Fukushima

Fonte: YouTube

A central nuclear de Fukushima I foi abalada por uma enorme explosão, depois do sismo de magnitude 8,9 na escala de Richter ter sacudido a costa nordeste do Japão. A explosão aconteceu entre as 15h30 e as 16h00 locais. A central fica a 250 quilómetros a norte de Tóquio. A explosão destruiu parte do edifício do reactor principal e vários funcionários ficaram feridos.

http://videos.publico.pt/Default.aspx?Id=486aa214-3cc0-45d8-9694-30d7b05b9570

Friday 11 March 2011

COMO CRIAR UM NOVO PARTIDO POLÍTICO

Artigo 15.º

Requerimento

1. A inscrição de um partido político tem de ser requerida por, pelo menos, 7500 cidadãos eleitores.

2. O requerimento de inscrição de um partido político é feito por escrito, acompanhado do projecto de estatutos, da declaração de princípios ou programa político e da denominação, sigla e símbolo do partido e inclui, em relação a todos os signatários, o nome completo, o número do bilhete de identidade e o número do cartão de eleitor

Lei dos Partidos Políticos

AS TRÊS MAIORES FORTUNAS DO PAÍS

Forbes

Fortunas dos mais ricos do País subiram 1,4 mil ME


Apesar da crise, em 2010, o 'rei' da cortiça ficou 800 milhões de euros mais rico, enquanto o patrão da Jerónimo Martins viu os seus bens reforçados em 635 milhões, o que lhe deu entrada directa no pódio dos mais ricos em Portugal. Belmiro não ganhou nem perdeu.

São 6,38 mil milhões de euros, o equivalente a quase 3,6% do produto interno bruto nacional. Esta é a soma das fortunas dos três homens mais ricos de Portugal, que cresceram 1,4 mil milhões em 2010, apesar da crise. A Américo Amorim e a Belmiro de Azevedo juntou-se Alexandre Soares dos Santos na lista de multimilionários da Forbes.

O patrão da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, entrou directamente para a 512.ª posição graças à valorização de mais de 60% da empresa de retalho, detentora da marca Biedronka, na Polónia, sendo o segundo português mais rico, com uma fortuna de 1,650 mil milhões de euros. Em 2010, segundo a revista Exame, esta valia 1,015 mil milhões.

E se 2010 se mostrou particularmente benéfico para a esmagadora maioria dos multimilionários estrangeiros, permitindo à tabela da Forbes bater o recorde no número de listados e no valor global das fortunas, os portugueses também não se podem queixar. Em especial Américo Amorim, que viu a sua fortuna aumentada em cerca de 800 milhões graças à valorização da Galp, onde detém 18,3%, que lhe permitiu subir 12 lugares no ranking da Forbes, com uma fortuna de 3,66 mil milhões de euros. O 200.º lugar que ocupa é partilhado com sete outros multimilionários.

Já o patrão da Sonae, Belmiro de Azevedo, mantém a fortuna avaliada no mesmo montante do ano passado, um pouco acima dos mil milhões de euros, mas cai 178 posições, para 833.º no ranking, lugar que partilha com mais 46 outros detentores de fortunas acima dos mil milhões (condições necessária para aceder à lista dos mais ricos da Forbes).

Sobre cada um dos multimilionários portugueses, a Forbes destaca que Amorim "transformou a pequena unidade de transformação de cortiça, criada pelo seu avô em 1870, no maior produtor mundial do sector, com vendas de 356 milhões de euros" e, embora não esteja já envolvido na gestão do grupo, que hoje tem também investimentos no turismo e no imobiliário, é ainda detentor de 50% do seu capital. A revista dá ainda conta de que a maior parte da fortuna de Amorim advém actualmente dos extensos investimentos que detém em acções, com destaque para a banca e a energia. "Com os dois irmãos, criou um fundo de private equity para tirar partido da crise financeira e adquirir companhias em situação de falência", pode ainda ler-se.

Relativamente a Soares dos Santos, é dito que "detém 20% da Jerónimo Martins, um dos maiores retalhistas portugueses, com receitas de 7,19 mil milhões de euros e cujas origens remontam a uma pequena loja lisboeta aberta em 1792". Quanto a Belmiro, a Forbes refere, erradamente, que é o fundador do grupo Sonae. Na verdade, a Sociedade Nacional de Estratificados foi criada, em 1959, por Afonso Pinto de Magalhães que, em 1982, oferece a Belmiro 16% do capital. Após a sua morte, e a uma longa batalha judicial com a família, Belmiro de Azevedo obtém a maioria do capit

por ILÍDIA PINTO


COMO SURGIU A "GERAÇÃO À RASCA"

Sociedade

Movimento cresce, mas organizadores não fazem previsões


Um desempregado, um bolseiro e uma estagiária inventaram o Protesto da Geração à Rasca

João, Paula e Alexandre formaram-se em Coimbra e passaram por associações de estudantes. Dois desencantaram-se com os partidos a que pertenciam.


Promotores do evento dizem que medidas ontem anunciadas por José Sócrates na AR são um paliativo (Foto: Pedro Cunha)

Estavam os três num café de Alfama, em Lisboa, a falar da canção dos Deolinda - aquela que começa com o verso "sou da geração sem remuneração" - e da reacção emotiva das pessoas, nos Coliseus do Porto e de Lisboa, "que se levantaram e bateram palmas" e se reviram no que ouviram. E foi assim que surgiu a ideia. João Labrincha, Alexandre de Sousa Carvalho, Paula Gil (27, 26 e 25 anos) conhecem-se há anos, são amigos, também se reviram naqueles versos, mas só em parte. Por isso, nesse dia, "foi a 5 ou 6 de Fevereiro", João chegou a casa e criou um evento no Facebook. Chamou-lhe Protesto da Geração à Rasca.

Combinaram que aconteceria a 12 de Março. Porquê 12 de Março? Riem-se com a pergunta - nota-se que estão cansados, têm sido muitas noites passadas à frente do computador, a ler milhares de comentários no Facebook, porque a convocatória online, entretanto, não pára de mobilizar gente e, por estes dias, é preciso responder aos comentários e estar a atento aos mais violentos ou ofensivos. Uma tarefa pesada, sobretudo para quem tem que trabalhar cedo, dizem.

"Não faço ideia", conta um deles sobre o porquê da data escolhida. Não há nenhuma razão. Tinha que ser rápido, para apanhar a onda dos Deolinda - "percebeu-se que as pessoas estavam com fome de algo que lhes desse voz", explica Alexandre. Mas tinha que haver o tempo suficiente para a ideia crescer. "E não podia ser no fim-de-semana do Carnaval." Ficou 12 de Março, portanto, para a Avenida da Liberdade, em Lisboa, e para a Praça da Batalha, no Porto.

Os jornais e as televisões acompanham o fenómeno. Em menos de três semanas, milhares fizeram saber que pretendem aderir ao Protesto da Geração à Rasca (ontem eram mais de 27 mil). Sem que tenha sido gasto um tostão para promovê-lo. "Acho que é uma coisa completamente nova o que está a acontecer", diz João. "Nós, desempregados, "quinhentos-euristas" e outros mal remunerados, escravos disfarçados, subcontratados, contratados a prazo, falsos trabalhadores independentes, trabalhadores intermitentes, estagiários, bolseiros, trabalhadores-estudantes, estudantes, mães, pais e filhos de Portugal. Protestamos" - assim começa o manifesto colocado online.

"Trabalho desde os 18"

João, licenciado, está desempregado, sem subsídio, e vive com a ajuda do pai. "Nunca ganhei o suficiente para me fazer valer a mim próprio." É ele que fica com "os turnos da madrugada" a gerir os comentários no Facebook.

Alexandre trabalha em investigação, na área dos Estudos Africanos, e vai iniciar o doutoramento. Fez um mestrado em Inglaterra, estágios e voluntariado, recebe 900 euros de bolsa.

Paula está a fazer um estágio do Instituto do Emprego e de Formação Profissional, com um contrato de um ano. Ganha também cerca de mil euros, sem subsídio de férias nem Natal - "Trabalho desde os 18 anos, a minha mãe ganha o salário mínimo; paguei a minha licenciatura e o meu mestrado... " Por estes dias, e por causa da "Geração à Rasca", deita-se às 3h, apesar de às 7h ter que estar a pé para ir trabalhar.

Formaram-se os três em Relações Internacionais, em Coimbra, qualquer um deles passou por associações de estudantes, hoje vivem os três em Lisboa, identificam-se ou identificaram-se com partidos políticos: João quer desfiliar-se da JS, porque, diz, desidentificou-se e as simpatias políticas ficaram por aí. Paula é do Bloco de Esquerda. Alexandre entrou há 11 anos na JCP e, poucos anos depois, pediu para sair - "houve um afastamento ideológico". Nunca mais voltou.

O protesto que promovem é apartidário e laico, frisam - mas sabem que há quem não acredite. E entre os que entretanto se juntaram à organização, asseguram, há pessoas de todas as sensibilidades políticas, da direita à esquerda. "Ainda hoje tínhamos um comentário com o apoio de um monárquico."

Nenhum quer fazer previsões sobre quantas pessoas vão acabar mesmo por sair à rua, nem onde - em todo o país há vários grupos a mobilizarem-se. Mas é fácil dizer no Facebook que se vai participar, reconhecem. O que significa, afinal, 27 mil, no mundo virtual? João contrapõe: "Também há quem nos mande mensagens e não diga publicamente que vai participar porque tem medo de ser prejudicado no emprego."Acreditam que se a canção dos Deolinda mexeu com muita gente, este protesto, "por um futuro digno, com segurança", pode mexer com muito mais. Mesmo com as medidas ontem anunciadas por José Sócrates no Parlamento. "Todas as medidas são bem- vindas, mas estas são sobretudo um paliativo, não vão ao fundo do problema. Promover mais estágios, aliás, até é, de alguma forma, dizer que o caminho são os estágios, ou seja, a precariedade. É preciso mais."

De resto, nem só jovens e licenciados sofrem com a falta de estabilidade e de salários dignos - por isso, dizem, não se reviram totalmente na canção dos Deolinda. "Ela conta apenas uma parte limitada da realidade", diz Paula. E a prova é que no grupo do Facebook há pessoas de todas as idades e formações.

"No dia 12 vai ser pedido às pessoas que escrevam numa folha A4 a razão para estarem no protesto e uma solução. Depois vamos entregar na Assembleia da República", explica João. E depois? "Gostávamos que mais pessoas se mobilizassem. Com maior concertação social, entre políticos, empregadores, sociedade civil, será possível alterar a situação que vivemos." É nisso que acreditam.

26.02.2011 - 16:50 Por Andreia Sanches



 

JSD JUNTA-SE À MANIFESTAÇÃO DA "GERAÇÃO À RASCA"

JSD associa-se a manifestação de “Geração à Rasca”

Sociedade

A Juventude Social Democrata (JSD) anunciou hoje que vai associar-se à manifestação do movimento “Geração à Rasca”, com protestos convocados para este sábado, em 11 cidades do país, defendendo que os jovens devem fazer “ouvir a sua voz”.

“Os jovens da JSD vão também participar na manifestação da 'Geração à Rasca', pois partilham da consciência social de muitos dos que sábado farão valer a sua posição, afirmando a importância dos jovens e apelando a que as lideranças do país se façam com esta energia e determinação”, adiantam, em comunicado.

Para a “jota” laranja, trata-se de mobilizar “toda uma geração” para o combate. “A situação em que o país se encontra, não fomos nós, os jovens, que a criámos, mas teremos de ser nós, os jovens a resolver”, refere o líder da JSD.

Citado no comunicado, Duarte Marques acrescenta: “a JSD não pode deixar de se associar aos cerca de 300.000 desempregados entre os 15 e os 34 anos, (46% dos 619 mil desempregados) que não têm uma oportunidade de trabalho para demonstrar as suas capacidades e competências”.

Não pode ainda a JSD, prosseguem, “deixar de estar solidária com as mais de 190 mil pessoas diplomadas que possuem um vínculo precário (contratos a termo ou os falsos recibos verdes) e que não têm garantias quanto ao seu futuro”.

“É por estas 500.000 pessoas, entre desempregados e em situação precária que a JSD participa ativamente numa manifestação em defesa das causas da juventude Portuguesa”, sublinha o presidente da JSD.

A “jota” do PSD realça que “a falta de esperança da juventude é compreendida” pela JSD, “que reconhece o facto de, hoje, ser difícil para um jovem construir um projeto de vida, independentemente do seu conhecimento, capacidade, determinação ou inteligência”.

“A geração à rasca não permite mais que o esforço que lhe está a ser exigido para suportar a crise que o País atravessa - fruto de anos de má Governação e Liderança e que se materializa no acesso ao mercado de trabalho, na construção de um projeto de vida, no direito a constituir família, no acesso à habitação ou formação - continue a ser suportado em exclusivo pelos jovens”, escrevem.

A JSD manifesta-se ainda convicta que “a Sociedade portuguesa conhecerá novas lideranças a curto prazo”, “impulsionadas e motivadas por uma manifestação que tornará claro que há uma nova geração com energia positiva em Portugal, que partilha dos mesmos valores e que vai construir um Novo Portugal”.

11.03.2011 - 13:17 Por Lusa



MANIFESTAÇÃO DA "GERAÇÃO À RASCA" EM QUINZE CIDADES

Sociedade

Manifestação marcada para amanhã em 15 cidades

“Geração à rasca” diz que colabora com a polícia como acontece em qualquer manifestação

A organização da manifestação “Geração à rasca” que decorre amanhã em vários pontos do país, está a colaborar com as várias polícias como acontece em qualquer manifestação, diz João Labrincha, um dos promotores da iniciativa.


João Labrincha (à esquerda) diz que a colaboração com a polícia só torna o protesto mais seguro (Foto Pedro Cunha)

“Como em qualquer manifestação, nesta também existe total colaboração com a polícia, o que só nos faz sentir mais seguros”, diz Labrincha, comentando notícias que dão conta hoje na imprensa de uma especial atenção da PSP e SIS na marcha de amanhã para evitar problemas com grupos extremistas.

A organização frisa o carácter pacífico e moderado da manifestação marcada para amanhã em vários pontos do país: “”Nós fizemos um apelo às pessoas mais moderadas, até porque o povo português é moderado e pacífico. Se alguém, no nosso mural do Facebook fala de uma forma mais exaltada há alguém logo que chama à atenção Acreditamos no efeito moderador desta maioria pacífica. Mas estamos preparados e atentos mas dentro do que são as práticas normais”, frisa João Labrincha.

Sobre se contam amanhã com a participação solidária de forças partidárias na manifestação, que se diz apartidária e cívica, Labrincha afirma: “Os partidos não nos comunicaram nada directamente mas temos organizações recreativas, desportivas, de artistas, que se juntaram a nós e manifestaram interesse em estar na rua amanhã. Vêm pessoas de todos os quadrantes da sociedade.

A intenção inicial do movimento Geração á rasca de espalhar o protesto por todo o país espera-se que seja cumprido, já que são esperadas acções em 15 cidades, incluindo nas ilhas, com Angra do Heroísmo, na Terceira, Açores, e Funchal, na Madeira. E Labrincha fala também de pequenas acções em várias cidades no estrangeiro: “Temos grupos de portugueses, trabalhadores e estudantes que preparam juntar-se frente a consulados e embaixadas em Paris, Londres, Barcelona, Estugarda, entre outras cidades, gente que se viu obrigada a emigrar contra vontade para viver e que agora se revê no mote da nossa manifestação. Não queremos ser obrigados a emigrar.”

A organização conta também com a colaboração do tempo: “Parece que se prevêem aguaceiros para amanhã mas só até às 11 da manhã. À tarde contamos com bom tempo”.

11.03.2011 - 10:26 Por Ana Machado


ACTOR DE "HARRY POTTER" NA BROADWAY

Teatro



Daniel Radcliffe. O feitiço da Broadway

Depois de Harry Potter, o actor arrisca-se em novos palcos para provar que "um actor criança pode ter futuro"

O tipo de 21 anos mais famoso do planeta entrou numa correria num pequeno restaurante de West Village numa manhã fria de Fevereiro, com um apetite ávido de waffles. Tinha olheiras, um aspecto desmazelado e a barba por fazer, mas parecia cheio de energia, apesar da hora matinal, e um pouco esbaforido, por ter vindo a correr do restaurante anteriormente escolhido, que estava fechado por causa de uma fuga de gás. Falou-nos dos seus percalços matinais - "Estavam a ver se me matavam, não estavam?", disse, entre sorrisos - para depois morfar o pequeno-almoço que havia de lhe dar energia para os longos ensaios para o musical da Broadway que se prepara para estrear.

É justo dizer que Daniel Radcliffe - que está prestes a começar a colher os benefícios de uma década no corpo de Harry Potter, ao assumir o papel principal na adaptação ao palco de "How to Succeed in Business Without Really Trying" - não teve uma adolescência semelhante à de nenhuma outra estrela jovem nem veio a tornar-se a pessoa que toda a gente esperava. Não há dúvida que o êxito dos filmes da série "Harry Potter", adaptados das histórias de J. K. Rowling e que tiveram um resultado bruto de mais de 4,5 mil milhões de euros em todo o mundo, estiveram na base de um reconhecimento sem precedentes e também de uma fortuna para Radcliffe. Diz-se que terá ganho cerca de 15 milhões por cada um dos dois últimos filmes e provavelmente é mais rico que os príncipes William e Harry (compatriotas que não tiveram de conquistar a sua posição matando basiliscos ou destruindo Horcruxes).

O que Radcliffe parece não ter é a arrogância ou a petulância que costumam acompanhar este nível de fama e fortuna. Tem amor-próprio mas não é egocêntrico. Inquieto e atento, considera-se descontraído e um pouco excêntrico.

No entanto, quando a conversa salta para a sua carreira - que entra em território desconhecido quando o oitavo e último filme da série "Harry Potter" for lançado, em Julho -, Radcliffe fala quase com solenidade. Ao mesmo tempo que explica por que razão decidiu dizer adeus à sua querida personagem de rapaz-feiticeiro com uma sátira com 50 anos ao mundo da América corporativa, fala com uma sinceridade quase religiosa da sua necessidade de "provar que um actor criança pode ter futuro". "Se eu conseguir mesmo fazê-lo", diz Radcliffe em relação à sua última aventura nos palcos, "depois de ter estado envolvido numa das sagas mais longas e bem-sucedidas de sempre, isto pode pôr um fim ao debate."

Coreografias A estreia de "How to Succeed" está marcada para 27 de Março no Al Hirschfeld Theater, no que não será a sua primeira aventura na Broadway. A sua estreia deu-se com o drama psicológico "Equus", de Peter Shaffer, uma produção do Gielgud Theater, em Londres, em 2008, mais tarde transferida para Nova Iorque. A sua interpretação de um jovem perturbado, Alan Strang, um papel em que por breves instantes tem de aparecer nu, atraiu público e obteve a aprovação da crítica. No "The New York Times", Ben Brantley escreveu que Radcliffe usou o papel como se tivesse sido feito de encomenda para ele, mas com pano para mangas.

Dessa experiência embrional, Radcliffe conservou boas recordações da cena teatral nova-iorquina e, num plano mais prático, as lições de canto de que precisou para cantar um jingle em "Equus". Começou a correr que não tinha aprendido a cantar só para aquele público, que as suas ambições podiam ser maiores.

Numa reunião com Craig Zadan e Neil Meron (produtores de "How To Succeed"), Radcliffe confessou que não tinha a certeza de ter a preparação necessária para participar num musical da Broadway. Quando foi abordado, noutra ocasião, pelo encenador e coreógrafo Rob Ashford, que anunciou que lhe queria apresentar um desafio triplo, Radcliffe recorda: "Eu ainda lhe disse: ''Está bem, eu faço um curso de dança, mas olhe que está a remar contra a maré, Mr. Ashford."

A equipa depressa se pôs de acordo em fazer "How to Succeed", um musical premiado com um Pulitzer (com música de Frank Loesser e letras de Abe Burrows, Jack Weinstock e Willie Gilbert) acerca de J. Pierrepont Finch, um fura-vidas que começa como lavador de janelas e acaba como presidente da administração da World Wide Wicket Company.

Trata-se, dizem os produtores, de um musical popular, com uma história irrepreensível - Robert Morse fez o papel de Finch na produção original da Broadway e no filme de 1967, o mesmo que Matthew Broderick interpretou numa nova produção de 1995 -, além de ter a característica rara de assentar num protagonista jovem do sexo masculino. Tratava-se, percebeu Radcliffe, de um projecto muito estranho para ele. "Tenho a impressão que muitas pessoas vão achar a escolha um pouco confusa", diz, "mas isso agrada-me."

O facto de até hoje pouco ter cantado e nunca ter dançado ou falado com sotaque americano são os únicos obstáculos, que pode vencer com alguma preparação. O que pode revelar-se mais difícil de ultrapassar é tratar-se de um musical um tanto datado. Apesar de todo o seu encanto, "How to Succeed" é o produto da era em que foi criado, em que os homens tinham à frente a perspectiva da ascensão corporativa, enquanto as mulheres estavam limitadas ao papel de dactilógrafas e secretárias. O comentário mais profundo em matéria de igualdade de direitos é "Uma secretária não é um brinquedo".

Previsões Num ensaio recente de "How to Succeed", nos novos estúdios da Rua 42, Radcliffe não teve dificuldade em acompanhar os companheiros, mais experientes. Sob o olhar de Ashford e de Spencer Soloman, um professor de dança que trabalhou individualmente com Radcliffe em Londres, o elenco ensaiava "Brotherhood of Man", o penúltimo número do musical.

Radcliffe não recuava perante qualquer pirueta, cambalhota ou reviravolta à la Bob Fosse, e com alguma ajuda atirou-se de uma mesa corrida para ser agarrado pelos companheiros de cena. No entanto, a diferença de estatura entre o pequeno actor de 1,65 m e os restantes actores - entre eles o co-protagonista, John Larroquette, de 1,94, que interpreta o patrão da Wicket, J. B. Biggley - eclipsa-o completamente no palco. Depois de recuperar do esforço, Radcliffe disse-nos que esperava que a paixão que está a pôr no esforço fosse suficiente para compensar qualquer insuficiência."Se formos suficientemente entusiásticos em relação a alguma coisa - mesmo que não sejamos bons -, o nosso entusiasmo acaba por levar os outros a permitir que o façamos tempo suficiente para nos tornarmos bons nisso", disse ainda.

Nada disto explica por que razão Radcliffe escolheu este projecto particular para canalizar o seu excesso de energia pós-Potter numa altura em que o aguarda ainda uma vida inteira de trabalho. Quando lhe pedimos exemplos de actores cujo caminho gostasse de seguir, falou de vários que sobreviveram a carreiras começadas na infância, de Christian Bale a Elijah Wood ou ao seu amigo e mentor Gary Oldman, o actor camaleónico que interpreta o feiticeiro Sirius Black nos filmes da série "Potter".

David Yates, que dirigiu Radcliffe nos últimos quatro filmes da série, incluindo o último, a segunda parte de "Harry Potter e os Talismãs da Morte", afirmou que, apesar da celebridade desmedida de Radcliffe, "ele está mais à vontade integrado numa equipa", quer se trate de limpar o cenário depois de uma noite de filmagens quer de participar num simples musical da Broadway. "A maneira como ele decidiu lidar com o assunto", diz Yates com uma gargalhada, "foi fingir que é uma pessoa normal e dançar como os outros todos."

Baixando a guarda por momentos, Radcliffe confessa-se ansioso por saber como vai ser recebido em "How to Succeed". Perguntei-lhe especificamente o que o deixa nervoso. Respondeu-me em rajada: "Medo do fracasso. Medo da mediocridade. Medo de não alcançar os meus objectivos. Medo de falhar uma missão..."


Wednesday 9 March 2011

RENATO: AS PROVAS DA ACUSAÇÃO

Renato Seabra. Defesa vai conhecer provas que estão nas mãos da acusação

Se a procuradora tiver provas que desculpem Renato Seabra, terá de entregá-las ao advogado de defesa


Renato Seabra volta à sala de audiências no dia 8 de Abril

Fotografias e vídeos do local do homicídio, o material recolhido pela polícia na suite do hotel Intercontinental, depoimentos de testemunhas, o relatório da autópsia e exames médico-legais a Carlos Castro são algumas das provas até agora na posse da acusação que, dentro em breve, vão saltar também para as mãos de David Touger, advogado de defesa de Renato Seabra. Estas são as provas mais óbvias, porque o causídico até pode vir a ter acesso a outros detalhes da investigação que favoreçam Renato Seabra. Em qualquer momento do processo, caso a procuradora Maxime Rosenthal encontre provas que descriminem ou atenuem a culpa de Renato Seabra, é obrigada a entregá-las à defesa.

Essas evidências, a que se chama "exculpatory information", são aquelas que justificam ou absolvem as acções de uma pessoa acusada de um crime e tendem a mostrar que não houve intenção criminosa. Da mesma forma que a procuradora tem de entregar a "inculpatory evidence", o material de prova que incrimina Renato Seabra, e também não pode manter em segredo eventuais provas que desculpem o manequim, acusado de homicídio em segundo grau no caso da morte de Carlos Castro.

Na audiência de 4 de Março, David Touger apresentou uma moção a requerer o acesso às provas da acusação. Tony Castro, com base na experiência de 14 anos como procurador de justiça do Bronx, em Nova Iorque, entende que um sim a esse pedido será o caminho mais do que provável. "Não há razões que justifiquem a resistência de um procurador a entregar certo tipo de material recolhido como prova", explica o advogado e ex-procurador luso-descendente.

A acusação não pode manter em segredo nenhuma das provas reunidas contra o manequim? O relatório da polícia de Nova Iorque sobre o homicídio é, por enquanto, um dos poucos trunfos que a procuradora ainda pode guardar. E "pode guardá-lo até que os detectives sejam ouvidos como testemunhas", explica Tony Castro. O código processual penal vigente em Nova Iorque estabelece que tipo de evidências o procurador é obrigado a revelar à defesa e as excepções não abundam. "O sistema judicial aqui não permite muitos segredos. Apesar de ser um sistema de adversários - um a acusar e outro a defender o réu - é exigida muita transparência", esclarece o advogado.

À luz do sistema jurídico norte-americano, assim como a procuradora tem direito a conhecer as estratégias da defesa - Maxime Rosenthal já manifestou intenção de saber, por exemplo, se David Touger tenciona fazer uma "defesa psiquiátrica" - também o advogado de defesa tem direito a conhecer as provas que a acusação tenciona usar contra Renato Seabra.

Moções Além de uma moção para ter acesso às provas da acusação, o advogado David Touger apresentou requerimentos a pedir a anulação das provas recolhidas pela polícia e ainda a anulação da confissão de Renato Seabra.

O advogado defende que a confissão policial em que o manequim declara ter agredido Carlos Castro durante mais de uma hora não pode ser usada como meio de prova, mas não nomeou por que a considera inconstitucional. Apenas duas condições podem levar à anulação destas declarações, de acordo com Tony Castro: se se comprovar que já tinha sido nomeado um advogado no momento da confissão ou que a condição psicológica do réu não lhe permitia exprimir-se com rigor.

A chuva de moções pode ainda não ter terminado: nada impede que o advogado entregue outros requerimentos nesta fase pré-julgamento. A probabilidade de um juiz os aceitar cresce se as novas moções forem desencadeadas por factos que até então a defesa não conhecia.

por Sílvia Caneco, Publicado em 09 de Março de 2011


JANTAR INDIGESTO

Tuesday 8 March 2011

"GERAÇÃO À RASCA" CORRIDA A PONTAPÉ

PS: Jovens interrompem discurso de Sócrates e são expulsos da sala

Uma dezena de jovens do movimento Geração à Rasca manifestou-se em Viseu, durante o discurso do secretário-geral do PS



Uma dezena de jovens do movimento Geração à Rasca manifestou-se em Viseu, quando o secretário-geral do PS, José Sócrates, discursava sobre a sua moção política ao congresso do partido.

José Sócrates apenas tinha tido tempo para fazer os agradecimentos quando os jovens, munidos de um megafone, começaram a dizer: "Chegou a hora de a geração à rasca falar, isto é pacífico, só queremos falar".

"Eu fiz questão de dizer que era pacífico, mas fomos corridos a empurrões e houve uma rapariga que levou um pontapé", lamentou aos jornalistas Paulo Agante, do movimento, que agendou para sábado uma manifestação anti-Governo.

Os jovens foram colocados na rua pela segurança, queixando-se de terem sido agredidos.

 Segunda feira, 7 de Março de 2011



PRÍNCIPE ANDRÉ ENVOLVIDO EM ESCÂNDALO SEXUAL


Foto de André com Victoria, uma das menores usadas como escravas sexuais por Epstein, pode custar-lhe o cargo

Reino Unido: Más companhias na origem de nova polémica
Escândalo trama príncipe André


O príncipe André de Inglaterra corre o risco de perder o cargo de embaixador do Comércio Britânico devido a um escândalo de pedofilia que envolve um dos seus amigos e parceiros de negócios.

Em causa está a presença repetida de André nas festas do milionário norte-americano Jeffrey Epstein, que em 2008 cumpriu pena por abuso sexual de menores e está no centro de um novo escândalo de pedofilia. Victoria Roberts, uma jovem norte-americana de 27 anos, diz ter sido contratada aos 15 para trabalhar como massagista de Epstein, mas que rapidamente foi obrigada a tornar-se numa das "várias escravas sexuais menores" que o milionário tinha ao seu serviço e gostava de compartilhar com os amigos.

As adolescentes eram presença assídua nas festas que Epstein costumava dar na sua mansão da Florida, e foi numa delas que Victoria, então com 17 anos, diz ter conhecido o príncipe André, com quem tirou uma fotografia. Mesmo garantindo que nunca houve sexo entre os dois, o caso não deixa de constituir mais um embaraço para André, que ainda recentemente foi criticado devida às suas ‘amizades perigosas’ com figuras ligadas a regimes ditatoriais árabes. É o caso de Saif al-Islam, filho do ditador líbio Muammar Kadhafi, de Sajer el--Materi, genro do ex-presidente tunisino Ben Ali, e ainda do traficante de armas líbio Tarek Kaituni.

Apesar de o governo ter reiterado a confiança no príncipe como embaixador do Comércio Britânico, fonte próxima do ministro dos Negócios Estrangeiros, William Hague, garantiu ontem que este "não verteria muitas lágrimas" com o seu afastamento.

Por:Dina Gusmão


 

A REFLEXÃO (SEMPRE INTELIGENTE) DE FILOMENA PINTO DA COSTA


Dia de aniversário

06-03-2011

Distância

No passado dia 3, eu e minha querida mãe festejámos mais um aniversário! Foi estranho, pois, pela primeira vez, não lhe dei o habitual beijo de parabéns. A distância torna-se mais real nestas ocasiões. Graças à evolução da tecnologia, as distâncias acabam por nem existir! Mas falta aquele abraço, aquele beijo, que nos faz sentir o amor, a amizade verdadeira. E aí, sentimos a verdadeira distância física e a dor da ausência. Foi um dia repleto de emoções, que me fez sentir o amor dos meus verdadeiros amigos, da família! Mas foi, sobretudo, um dia que me encheu a alma, pelo carinho e amizade, pelos amigos que fiz aqui em tão pouco tempo. E é o que adoro nesta maravilhosa terra, feita de gente boa.

Crítica

Quanto à notícia do gasto de 2,8 milhões em festas de Carnaval, acho ridículo quando falam nos sacrifícios que o povo português tem de fazer, e depois apresentam estes gastos em bonecadas inúteis.



Sunday 6 March 2011

RITA SALEMA FALA DAS SUAS PAIXÕES


Rita Salema: É muito fácil uma pessoa ter paixões"

 

Correio da Manhã – Em tempos afirmou: "Sou mãe da minha família, dos meus amigos, ando permanentemente a tomar conta de toda a gente..."

Rita Salema – Eu disse isso?! É verdade. E gosto disso.

– Será por ser a mais velha de quatro irmãos?

– Acho que sim. E a única rapariga.

– Ajudou a criá-los?

– Completamente. O meu primeiro arroz, tinha seis anos quando o fiz. Era arroz de ervilhas e ficou o máximo. Nós as mulheres gostamos de mandar e mandamos bem. E acho que os homens quando têm alguém a tomar conta deles também gostam.

– Gosta de cuidar de todos e gostava que tomassem conta de si?

– É verdade. Às vezes estou muito cansada.

– Mas não deixa que aconteça?

– Não deixo. É difícil. As próprias pessoas que tentam tomar conta de mim dizem que é muito difícil. Quando tentam dar esse mimo ou ralhar comigo, eu tenho sempre uma argumentação... Deve ser cansativo lidar comigo, às vezes.

– Terá a ver com o facto de viver à tantos anos sozinha com a sua filha [Francisca, de 18 anos]?

–Não sei como responder. Eu, de facto, sou uma pessoa muito independente e sempre fui. Acho que isso vem não das relações que tive, mas de miúda, de tomar conta dos meus irmãos, de criar essa independência e de me dar algum gozo. A minha mãe elogiava-me muito, ela chegava e eu tinha a casa arrumada. E esses elogios, esta forma de educação, penso que foi um incentivo para o resto da minha vida e que tento também passar à Francisca. O eu ser muito independente, numa relação, complica um bocadinho, e precisar dessa independência, desse tempo para mim...

– E do seu espaço?

– Sim, e de estar sozinha às vezes. A minha filha está comigo e só deixará de estar quando quiser, mas como vivemos sempre as duas, sabemos respeitar esse tempo. Eu gosto de andar sozinha.

– Gostava de ter tido mais filhos?

– Adorava ter tido mais filhos. Acho que esse é o único desgosto que tenho.

– Não teve por causa da profissão?

– Foi. Porque estar grávida implica não trabalhar.

– E encontrar alguém, um pai?

– É mais fácil. Tenho 44 anos, acho que é muito fácil uma pessoa ter paixões, apaixonar-se e haver a hipótese de ter filhos. Já tive relações em que houve essa vontade mas depois a nível profissional estava sempre a contar os tempos e era difícil porque tenho tido o privilégio de estar sempre a trabalhar. Em televisão é difícil, porque entrar num projecto de oito meses e depois engravidar é uma falta de responsabilidade e profissionalismo. Hoje, só se engravida se se quiser.

"TIREI A BARRIGUINHA QUE TINHA"

– A Rita é muito enérgica...

– Sou. Tenho de estar sempre a fazer qualquer coisa, mas só coisas que gosto. A televisão tem uma coisa que gosto, novelas, porque são um desafio permanente. Dão-nos não sei quantas folhas de cenas nas vésperas. No teatro temos três meses para trabalhar a personagem.

– Vive com a sua mãe?

– Mais ou menos. A minha casa foi construída de forma a que sejam duas casas independentes.

–Sempre tiveram uma relação muito próxima?

– A família toda. Agora, o meu irmão Pedro também vive lá em casa. Fico triste pela separação dele mas dá-me um prazer enorme tê-lo lá.

– Perdeu dois irmãos?

– Perdi três, dois mais recentes. Não me apetecia nada falar nisso.

– É verdade que fez uma lipoescultura?

– Fiz. Tirei a barriguinha que tinha há muitos anos.

– Foi preciso coragem para assumir que sofria de queda de cabelo?

– Não tenho vergonha do que me acontece. Com a queda do cabelo sofri horrores. Foi muito complicado, as primeira abordagens foram "coitadinha" mas depois passou a ser "obrigada Rita. Sabe que eu também...".

PRETO NO BRANCO

Deixou de fazer algo por ser figura pública?

Faço tudo o que fazia. Até já tive um paparazzo que me acompanhou numa ida ao supermercado. Sou muito normal e gosto de viver assim.

E nos tempos livres?

Apanho sol, que é das coisas que mais gosto, sobretudo no meu jardim. Leio, adoro ler. Passeio com a minha filha, estou com a família e gosto muito, muito de receber.

É boa cozinheira?

Adoro cozinhar tudo, mas mais salgados.

Vive em Oeiras e nunca apoiou uma candidatura ao concelho. Já apoiou Cascais e Lisboa.

Oeiras é complicado porque o Isaltino tem um processo. Mas Oeiras nunca esteve tão bem como está. E vou ser franca, as minhas amigas continuam a votar Isaltino.

Teve pudor em apoiar?

Uma pessoa não pode apoiar alguém que é corrupto.

PERFIL

Rita Salema nasceu a 16 de Novembro de 1966 e aos sete anos frequentava A Comuna porque o pai, separado da mãe, apaixonou-se pela produtora Conceição Cabrita. Aos 18 anos foi viver com o actor Almeno Gonçalves, de quem se separou antes do nascimento de Francisca. A actriz criou uma escola As Abobrinhas.

06-03-2011


À PROCURA DE UM SONHO...

RENATO: PRESS RELEASE DA ACUSAÇÃO

RELATÓRIO MÉDICO SERÁ FUNDAMENTAL PARA PERCEBER A PERSONALIDADE DO MANEQUIM


Relatório médico de Renato Seabra será fundamental para perceber a personalidade do manequim

Renato Seabra, acusado do homicídio de Carlos Castro, volta a tribunal hoje, sexta-feira, numa audiência pré-julgamento em que serão discutidas questões processuais.

Segundo a Lux apurou, a estratégia de David Touger é levar o caso do manequim a julgamento. O advogado de defesa de Renato Seabra iria apresentar no Supremo Tribunal de Nova Iorque uma moção com cerca de seis requerimentos, entre eles um de pedido de anulação da confissão do manequim.

David Touger quer provar ainda que o depoimento prestado por Renato Seabra a 7 de janeiro foi recolhido de forma ilegal, sem a presença do seu advogado e numa altura em que o manequim não se encontrava em condições psicológicas para o fazer.

«Estamos ainda longe do julgamento (...)Se o juiz aceitar alguns destes requerimentos, vão ser marcadas audiências para resolver estes assuntos antes do julgamento, que só deve acontecer lá para o final do ano e, depois de começar, não durará mais de um mês», explica Tony Castro, ex-procurador de justiça de Nova Iorque.

Por outro lado, Renato Seabra só poderá ir a julgamento quando os psiquiatras que o seguem decidirem que está mentalmente apto a compreender o processo e a ajudar a defesa.

Renato Seabra continua a ser sujeito a uma avaliação psiquiátrica pelos médicos do Bellevue Hospital, sinal de que ainda necessita de ajuda médica.

Em Portugal, o mesmo procedimento é moroso e muito exaustivo, para que nada escape aos olhos dos psicólogos. «(...)É preciso fazer várias entrevistas curtas ao indivíduo para não o cansar (não mais de uma hora e pouco de cada vez), que servem para o técnico conhecer a estrutura da pessoa que está à sua frente. Só assim vai poder colocar hipóteses sobre as possíveis patologias do sujeito(...). A seguir é necessário despistar se ele está a responder com verdade ou mentira (...). Só nessa altura é que o psicólogo faz um relatório para enviar ao tribunal, que decidirá se ele é inimputável ou não (...)», explica à Lux Carlos Alberto Poiares, professor de Psicologia Forense.

Em tribunal, o relatório médico será fundamental para perceber porque é que a relação entre Renato Seabra e Carlos Castro culminou numa tragédia. Por estar preso num país que não é o seu e longe da família, o manequim estará ainda mais fragilizado.

Natália Ribeiro em 2011-03-04


RENATO ESTÁ AFASTADO DO MUNDO


Renato Seabra está “afastado do mundo”

Tem sido assim desde que regressou de Nova Iorque: o principal motivo da” angústia constante” de Odília Pereirinha é “o facto de Renato estar completamente sozinho”. A mãe do alegado homicida de Carlos Castro já se encontra em Cantanhede e, por estes dias, tem tentado encontrar formas de poder ajudar o filho.

Odília está disposta a abdicar de tudo e já colocou a casa, localizada no centro da cidade, à venda para poder fazer face às despesas inerentes à defesa de Renato Seabra nos Estados Unidos. E será esse factor que, aliado à falta de apoio por parte das autoridades, tem suscitado vários movimentos de solidariedade nos últimos dias.

Esta é, pelo menos, a tese da família. Ao DIÁRIO AS BEIRAS, José Malta , cunhado de Renato Seabra, manifestou alguma revolta com a resposta dada pelo cônsul quando a mãe de Renato lhe perguntou o que poderia fazer para ajudar o filho: “nada, não podemos fazer nada”, terá sido a resposta. Nesse dia, Odília ainda não tinha estado com o filho, mas a única preocupação do consulado era saber o que a mãe o e os amigos iriam dizer aos órgãos de comunicação social que os esperavam à saída do edifício. “Em desespero, ela apenas disse: por favor, levem-me ao meu filho”, conta José Malta.

Já na ala psiquiátrica do Hospital Bellevue, Odília Pereirinha encontrou o filho “perturbado” e “magro”. E é ali, “afastado do mundo e sem acesso a ninguém” que Renato Seabra vai permanecer, pelo menos até ao dia da audiência que se realiza no dia 1de Fevereiro. A mãe do jovem está a “organizar a vida para poder voltar para junto do filho o mais depressa possível”, adiantou o cunhado de Renato.

Petição com 10 mil apoiantes

Até ao final do mês, a família e os amigos de Renato devem divulgar a criação de uma associação que, além de lançar a discussão sobre o funcionamento dos consulados na ajuda aos portugueses em dificuldade, pretende fundos para ajudar a custear as despesas judiciais nos Estados Unidos da América. A iniciativa deve ser divulgada durante uma conferência de Imprensa a realizar em Cantanhede.

Entretanto, na internet está a circular uma petição pela extradição de Renato Seabra. O documento tem como destinatários o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Assembleia da República e a Procuradoria-Geral da República, e ontem, ao final do dia, contava com quase 10 mil signatários.

O objectivo dos proponentes é “atenuar o sofrimento da família”; apesar de esperarem que “pelo menos 12 elementos do júri decidam que não existem provas suficientes para julgamento”. Se tal não acontecer, os peticionários vão solicitar “às autoridades competentes a extradição do Renato Seabra para o seu país de origem”.


RENATO: A SEGUNDA AUDIÊNCIA


Renato Seabra: advogado apresenta moções para serem apreciadas pela procuradoria

A segunda-audiência de Renato Seabra durou apenas 5 minutos. Acompanhado pelo advogado, David Touger, pelo tradutor e pela mãe, o jovem modelo, de 21 anos, viu o seu advogado apresentar moções em sua defesa.

As moções são a anulação da confissão do homicidio de Carlos Castro e refutação das provas entregues.

As novas moções terão de ser apreciadas pela procuradora Maxime Rosenthal até dia 8 de abril.

À saída da audiência Odília Pereirinha não quis prestar declarações aos jornalistas.


RENATO: ADVOGADO AFIRMA QUE ACORDO SERÁ PARA UM ANO DE PRISÃO


Renato Seabra: advogado afirma que aceita acordo para um ano de prisão

«Se me oferecer um ano de cadeia eu aceito». Foram estas as palavras de David Touger quando foi questionado, à saída da audiência desta sexta-feira, sobre um possível acordo com Maxine Rosenthal, avança o DN.

«Não tenho ideia, é muito cedo para isso. Mas se me oferecer um ano na cadeia, eu aceito. Mas nesta altura parece que iremos a julgamento, que não haverá acordo», afirmou o advogado de Renato Seabra, que revelou manter contacto permanente com a procuradora do caso.

Recorde-se que Renato Seabra compareceu esta sexta-feira à segunda audiência no Supremo Tribunal de Nova Iorque, em Manhattan, onde David Touger pediu a suspensão da confissão do jovem modelo.


RENATO CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DO JULGAMENTO


Nova Iorque: Procuradora e defesa de Renato sem acordo à vista

Insanidade será o tudo ou nada

Aumenta a tensão negocial entre a acusação e a defesa de Renato Seabra, que vai apostar tudo na tese de que o jovem modelo estava fora de si quando matou e mutilou o cronista Carlos Castro.

O sucesso depende dos relatórios médicos dos dois hospitais onde Renato deu entrada – o que se torna arriscado. Se a procuradora mantiver a acusação de homicídio em 2º grau, não aceite pela defesa, e não chegarem a acordo na pena, seguem para julgamento. Aí, é o tudo ou nada para Renato: ou o júri aceita a insanidade, aplicando uma pena de cinco a 25 anos, ou pode levar perpétua.

"Insanidade temporária é a única defesa que Renato tem. Negar o crime seria ridículo", diz Tony Castro, ex--procurador de Justiça de Nova Iorque. A defesa aguarda os "importantes" relatórios do Hospital St. Luke’s Roosevelt, o primeiro para onde Renato Seabra se dirigiu por vontade própria no dia do crime. Todos os relatórios terão de ser entregues à procuradoria quando for anunciada a estratégia da insanidade.

O ex-procurador luso-descendente, que já lidou com casos semelhantes, acredita que "a defesa está sob grande pressão dada a quantidade e qualidade de provas existentes". A probabilidade de chegada a acordo está cada vez mais afastada, e o próprio advogado de Renato reconheceu que o julgamento é o mais provável.

Por:Valério Boto, Nova Iorque


http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/insanidade-sera-o-tudo-ou-nada

HOMENS DA LUTA VENCEM FESTIVAL DA CANÇÃO


Humoristas vão representar Portugal na Eurovisão

A canção 'Luta é Alegria', dos Homens da Luta, venceu o Festival RTP da Canção graças ao voto telefónico, depois de os júris distritais terem dado vantagem a 'São os Barcos de Lisboa', do cantor Nuno Norte.

Depois de receber a taça de vencedor, o humorista Jel agradeceu a "todos os que pagaram 60 cêntimos mais IVA" para garantir a sua vitória, recebido com apupos por algumas das pessoas que estavam na plateia do Teatro Camões, em Lisboa.

Já passavam alguns minutos da meia-noite de domingo quando foi anunciada a reviravolta - de entre os júris distritais, só Viseu e Bragança deram a pontuação máxima a 'Luta é Alegria' - num palco onde a apresentadora Silvia Alberto teve a companhia do veterano Eduardo Nascimento, intérprete de 'O Vento Mudou', um dos temas históricos do festival.

A letra da canção vencedora, preferida por 28 por cento daqueles que votaram pelo telefone, foi escrita por Falâncio, que anunciou a presença dos Homens da Luta na manifestação da Geração à Rasca, que irá percorrer as ruas de Lisboa no próximo dia 12.

Os Homens da Luta irão representar Portugal em Dusseldorf (Alemanha) a 5 de Maio, garantindo que o Festival da Eurovisão irá ouvir cantar "contra a reacção".

Assim que soube qual a música vencedora, ouviram-se apupos da plateia, que esvaizou rapidamente o Teatro Camões, em sinal de protesto pela escolha. Já os restantes concorrentes do festival aceitaram calmamente a vitória dos Homens da Luta.



http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/lazer/cultura/homens-da-luta-vencem-festival-cancao