Wednesday 26 December 2012

Friday 21 December 2012

SANTANDER TOTTA: CLIENTE ATENDIDO NA RUA

 
Paulo Ribeiro mostrou ao ‘CM’ a queixa que apresentou na GNR depois de ter sido expulso do banco
 
Braga: Gerente recusou atender homem por julgar ser romeno

“Senti vergonha e humilhação” (COM VÍDEO) "Senti muita vergonha e humilhação. Todos ficaram a olhar para mim. Eu parecia um desgraçado." As afirmações são de Paulo Ribeiro, sucateiro, 36 anos, que anteontem de manhã foi expulso do Santander Totta de Celeirós, em Braga, depois de o gerente o ter confundido com um romeno, uma vez que estava "mal vestido". O sucateiro ainda pediu o livro de reclamações, mas o gerente negou-lhe entregá-lo. O homem acabou por receber os 169 euros na rua e chamou a GNR. "Eu estava à espera junto da linha do ‘aguarde aqui' e, de repente, o gerente começou a berrar muito exaltado: ‘O senhor acha que está com a roupa indicada para vir ao banco?' Expulsou-me e mandou-me ir tomar banho", disse ao CM. "Ao pedir o livro de reclamações, disse que quem mandava ali era ele e que não me ia dar nada", frisou. Em causa estava o levantamento de um cheque que tinha acabado de receber. "Passei pelo banco e resolvi parar. Quando já estava com a GNR na rua, o gerente arrancou-me o cheque das mãos e foi buscar o dinheiro. No final, disse-me para entrar para conversarmos, mas respondi-lhe que era melhor não, pois a minha roupa poderia sujar a cadeira." O banco abriu um procedimento interno para apurar os factos.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/sociedade/senti-vergonha-e-humilhacao-com-video

AS NOVAS REGRAS DE FATURAÇÃO PARA 2013


Friday 14 December 2012

Tuesday 11 December 2012

Monday 10 December 2012

RENATO CONDENADO

Sentir o Direito
 
A Condenação de Seabra

Por:Fernanda Palma, Professora Catedrática de Direito Penal
 
Renato Seabra foi considerado culpado de homicídio em segundo grau (correspondente ao homicídio simples, punível com prisão de oito a dezasseis anos, em Portugal). A tese de que seria inimputável quando cometeu o crime não convenceu nenhum elemento do júri. A defesa baseava-se, aparentemente, em factos controversos e argumentos científicos frágeis.
 
A apreciação da inimputabilidade é, por natureza, pouco científica. Resume-se à verificação retroativa da capacidade do arguido avaliar o significado negativo do que fez e se determinar de acordo com essa avaliação, que poderia estar afetada, quando praticou o crime. As perícias psiquiátricas podem ajudar o tribunal a decidir, mas nem sequer o vinculam.
 
É a esta luz simplificada que um tribunal de júri, como o de Nova Iorque, decide, embora o cerne da decisão deva ser, no sistema português, mais racional (e preventivo) e menos retributivo. De todo o modo, podemos aceitar que não existiam, apesar da crueldade e da violência do crime, razões decisivas para considerar o arguido inimputável.

O que vai fazer agora o Estado norte--americano com Renato Seabra? A perceção de um problema mental latente que tende a tornar-se insuportável torna muito difícil que o condenado volte a integrar-se numa comunidade. Porém, isso não será impossível se ele não for condenado a prisão perpétua – solução inconstitucional entre nós mas admitida nos EUA.

Este caso confirma que, na maioria dos crimes violentos, há distorções graves da personalidade dos arguidos que nunca foram diagnosticadas e tratadas e se manifestam em explosões de violência. Parece manifesto que Seabra aceitava por puro interesse uma relação que abominava e foi desenvolvendo um ódio pela vítima, de quem se servia para ascender ao estrelato.

O crime foi uma revolta de Seabra contra si mesmo e a sua degradação. Os sinais de fragilização moral não foram compreendidos a tempo por ninguém. A família e a escola têm poucas condições para o conseguir. A Igreja trata dos assuntos morais de modo coletivo, insistindo num discurso longínquo dos problemas das pessoas. Os valores mediáticos são fúteis.

  Talvez o condenado se sinta aliviado por substituir a culpa moral por uma pena. Mas a pena não pode ser motivo de alegria vingativa, deve promover a recuperação. Entretanto, outros Renatos estão em gestação. Cresce neles a frieza, a insensibilidade à dor alheia e o apego a "valores" sociais que distinguem as pessoas pelas roupas de marca e pelos produtos de luxo.

Wednesday 28 November 2012

ADVOGADO DE RENATO PEDE QUE RENATO SEJA CONSIDERADO INIMPUTÁVEL



                                           Diz advogado de defesa

Veredicto favorável para Seabra é internamento para sempre

O advogado de defesa de Renato Seabra pediu nesta quarta-feira aos jurados do caso do homicídio de Carlos Castro que o considerem não responsável pelo crime, um veredicto que significa internamento psiquiátrico "provavelmente para o resto da vida".

Na sua alegação final, que durou três horas e um quarto, o advogado David Touger reconheceu que "é difícil" os jurados chegarem a um veredicto de que Seabra não é responsável pela morte de Castro devido a problemas mentais, mas procurou tranquilizá-los quanto às consequências.
"Determinando que não é responsável por razão de doença ou insuficiência mental não estão a deixar Renato sair em liberdade de qualquer forma, não estão a pô-lo na rua e provavelmente será institucionalizado para o resto da vida", disse Touger.

Com o réu novamente ausente da sala, recusando-se a comparecer às últimas sessões, Touger procurou isolar o testemunho do neuropsiquiatra contratado pela acusação, William Barr, que considerou Seabra criminalmente responsável, contrapondo-o ao diagnóstico dos especialistas que trouxe a tribunal e que o examinaram em 3 hospitais diferentes.

RELAÇÃO RECUSA RECURSO DA ONGOING



Nuno Vasconcellos, líder do grupo Ongoing, viu o Tribunal da Relação recusar o recurso que apresentou ao processo contra a Impresa

Processo contra Impresa

Relação recusa recurso da Ongoing


O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu "não tomar conhecimento" do recurso interposto pela Ongoing após o indeferimento da providência cautelar que visava a suspensão das deliberações da assembleia-geral da Impresa em 2011.

Em deliberação datada do dia 15, e a que a agência Lusa teve acesso, o Tribunal da Relação justifica a decisão com a o facto de as conclusões formuladas pela Ongoing para sustentar o recurso estarem "longe de satisfazer aquilo que a jurisprudência entende que deve ser levado às conclusões", dada a sua "prolixidade, extensão e, sobretudo, repetitividade". Na deliberação, o tribunal recorda que, face às "252 massivas conclusões" apresentadas pela Ongoing para sustentar o recurso, foi solicitado à empresa, por despacho de 1 de Outubro passado, que formulasse "novas conclusões, sintéticas e claras".

Contudo, sustenta, "a reformulação feita foi uma simples alteração de forma, sem influência no conteúdo válido das conclusões", tendo-se limitado a eliminar 99 proposições e a fazer "nova arrumação numérica e ligeiras alterações de redacção", sem fazer a "sintetização das motivações, que era o que se pretendia".

A agência Lusa tentou obter reacções à decisão do tribunal por parte da Impresa e da Ongoing, mas fonte oficial da primeira não quis comentar e, até ao momento, não foi possível contactar a empresa de Nuno Vasconcellos.

O recurso da Ongoing surgiu na sequência da decisão do Tribunal do Comércio de Lisboa que considerou improcedente a providência cautelar interposta por aquela empresa com vista à suspensão das deliberações da assembleia geral do grupo de media Impresa em Abril de 2011.

Nessa reunião magna da Impresa, em que Francisco Balsemão foi reeleito presidente do Conselho de Administração (CA), a Ongoing falhou a tentativa de integrar o CA da empresa. Em sequência, a Ongoing decidiu recorrer aos meios judiciais para impugnar as deliberações da assembleia. "O grupo Ongoing vê-se compelido a participar às autoridades reguladoras do mercado tais factos e a recorrer aos meios judiciais para conseguir exercer os seus direitos de accionista minoritário e impedir a continuação de uma gestão não transparente e não participada e não controlada por minoritários numa sociedade aberta e cotada", anunciou em comunicado a 19 de Abril o grupo liderado por Nuno Vasconcelos, que detém 23% da Impresa.

De acordo com a sentença citada pela Impresa, o tribunal decidiu "não suspender a execução das deliberações sociais adoptadas no âmbito da referida assembleia-geral relativas, respectivamente, à aprovação de contas de 2010, à utilização da reserva de prémio de emissão para cobertura de resultados transitados, à aplicação de resultados e à eleição dos corpos sociais para o quadriénio 2011/2014".

A empresa de Balsemão acrescenta que o tribunal fundamentou a sua decisão no facto de a Ongoing "não ter direito de acesso à informação solicitada, concretamente aos estudos de avaliação que serviram de base ao registo contabilístico do 'goodwill' nas contas de 2010, para além de não ter ficado demonstrado qualquer dano, para as requerentes ou para a Impresa, decorrente da execução das deliberações em causa".

Por se tratar de uma decisão de primeira instância, a Ongoing recorreu da sentença, tendo agora visto recusado o recurso.

Desde o início da "guerra" instalada entre a Ongoing e a Impresa, o grupo de Balsemão viu já ser-lhe dada razão por quatro decisões judiciais e uma da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Por decidir está ainda o último processo movido pela Ongoing e que diz respeito à eleição de um administrador no Conselho de Administração da Impresa.

Wednesday 14 November 2012

UNIVERSIDADE LUSÍADA OBRIGADA A INDEMNIZAR FAMÍLIA DE ALUNO QUE MORREU APÓS A PRAXE


A Relação do Porto confirmou uma decisão do tribunal de Famalicão que obriga a Universidade Lusíada a indemnizar os pais de um aluno que morreu após ser submetido a uma praxe, disse hoje fonte ligada ao processo.

Em acórdão datado de quinta-feira, que a agência Lusa consultou hoje, a secção cível da Relação do Porto julga improcedente uma apelação da universidade, confirmando a sentença recorrida, que condena a ré a pagar mais de 90 mil euros aos familiares de Diogo Macedo.

A vítima frequentava o 4.º ano de Arquitectura do pólo de Famalicão da Universidade Lusíada e era ‘tuninho’ (membro de categoria inferior) na tuna daquele estabelecimento de ensino superior. Diogo sentiu-se indisposto após ser praxado, numa noite de ensaios da tuna, em 08 de Outubro de 2001 e foi conduzido ao hospital de Famalicão, sendo transferido para o hospital de S. João, no Porto, onde veio a morrer sete dias depois.

«Sofreu agressões pelo menos na nuca e pescoço, que aconteceram quando este se encontrava na companhia dos colegas da tuna, no interior da universidade. A morte foi consequência adequada, directa e necessária dos actos violentos», concluiu a família, nos quesitos do processo cível intentado contra a universidade.

«Se a ré controlasse as práticas praxistas dentro das suas instalações, impedisse que a agressividade física e psicológica dominasse (?) teria contribuído para que a morte não ocorresse», assinalou ainda a família.

A autópsia revelou que Diogo morreu devido a lesões traumáticas cranioencefálicas e cervicais. A universidade alegou que o óbito «não se ficou a dever a qualquer agressão, nem à violação do dever de vigilância sobre a tuna académica».

Um processo-crime relacionado com a morte de Diogo foi arquivado pelo Ministério Público de Famalicão.

Lusa/SOL

Tuesday 13 November 2012

JUIZ AMEAÇA RENATO DE EXPULSÃO DO TRIBUNAL



O juiz do julgamento do caso Carlos Castro, em Nova Iorque, Daniel Fitzgerald, ameaçou hoje expulsar do tribunal o arguido, Renato Seabra, caso este volte a falar alto durante o julgamento, na presença dos jurados.

"Se falar enquanto os jurados estão na sala, vou retirá-lo do tribunal", avisou Fitzgerald na sessão de hoje do julgamento pelo homicídio do cronista social, a primeira depois de uma interrupção de duas semanas. Confrontado com o aviso, Seabra começou por rir-se, parando imediatamente depois de avisado pelo juiz para se conter, pois não havia "nenhum motivo para rir""Quero que participe no tribunal. Contudo, as regras dizem que se continua a falar quando não é suposto, então tenho de escusá-lo do tribunal"O incidente terá ocorrido no final da última sessão, mas nem a defesa nem a procuradoria quiseram esclarecer o assunto.

No banco das testemunhas voltou hoje a estar William Barr, psicólogo chamado pela acusação de Renato Seabra, que rejeita a tese da defesa de que o jovem não teve consciência dos seus atos no crime de 07 de janeiro de 2011, devido a perturbações mentais.

Relatórios de médicos que avaliaram o jovem em três unidades psiquiátricas, referem que, na altura do crime, o jovem "estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar, com caraterísticas psicóticas graves" e, como tal, não deve ser considerado culpado. Apontam ainda para a natureza brutal das agressões, incluindo mutilações genitais da vítima, como prova de que Seabra estava sob efeito de uma psicose, tal como o facto de ter relatado a dois psicólogos ter obedecido "a vozes" dentro da sua cabeça, nomeadamente durante a mutilação. Seabra disse ainda que as "vozes" o levaram a acreditar que matar e mutilar Castro lhe daria poderes para curar as outras pessoas.

Diretor de neuropsicologia na New York University, William Barr não dá credibilidade a este relato e defendeu mesmo que o jovem mentiu e tem estado a "improvisar" à medida que o tempo passa. "Muito no seu comportamento soa a psicótico, muito soa a inventado. Mas não interferiu com a capacidade deste homem saber que as suas ações eram erradas", disse o especialista. "O que sabemos sobre homicídios, seja por pessoas sob efeito de psicose ou não, é que é muito mais provável [o crime] acontecer como resultado de raiva, impulso, cólera", adiantou. Questionado pelo advogado de defesa se Seabra "mentiu a toda a gente", Barr respondeu "basicamente, sim", incluindo "provavelmente" à Polícia.

O neuropsicólogo admitiu que Seabra tenha entrado em estado de psicose, mas só depois de cometer o crime. Na sessão anterior, Barr disse que Seabra fugiu conscientemente do local do homicídio de Carlos Castro e que exagerou na descrição do crime para "parecer louco".
No início de 2012, Barr diagnosticou a Seabra "distúrbios emocionais com traços psicóticos em remissão total", após seis horas de entrevista pessoal e de rever os registos dos diferentes médicos que o avaliaram, além de provas do crime.


Monday 12 November 2012

ENTREVISTA A FRANCISCO NICHOLSON




Francisco Nicholson está a recuperar da operação cirúrgica a que foi submetido para transplante de fígado. É o segundo que faz, sob a coordenação do Doutor Eduardo Barroso

Entrevista a Francisco Nicholson, temporariamente afastado do trabalho por causa do segundo transplante ao fígado “Não me posso queixar da vida” (COM VÍDEO) A recuperar do segundo transplante ao fígado, o actor, encenador e autor fala sobre a carreira, a família e a doença que quer ultrapassar rapidamente. Em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, está a sua mais recente criação, 'Vai de Em@ail a Pior'.

 Correio da Manhã - Com uma família ligada às artes, para si não constituiu surpresa o facto de ter sido artista...

 Francisco Nicholson - Vamos lá a ver... Fala-se agora muito do meu bisavô, o Quintela, que também é bisavô do José Diogo, a verdade é que eu não tinha ligação com esse mundo. Tanto que quando decidi ir para o teatro os meus pais contrariaram-me. Decidi que queria fazer teatro aos 14 anos, quando estudava no Liceu Camões e comecei a trabalhar com o António Manuel Couto Viana, o ensaiador da Mocidade Portuguesa - que depois fez o Teatro do Gerifalto e a Companhia Nacional de Teatro, e por onde muitos de nós começámos, como o Rui Mendes, o Morais e Castro... Comecei no Teatro da Mocidade Portuguesa. Os meus pais disseram-me: "És actor quando atingires a maioridade. Até lá, nós não autorizamos!" Daí que eu fosse tirar um curso rápido, que tinha a ver comigo porque gosto muito de mar. Fui para a Marinha Mercante. Andei embarcado até aos 21 anos, quando atingi a maioridade. Com aquilo que tinha amealhado, fui tirar um curso em Paris.

 - Na Academia Charles Dullin...

 - Sim. - Não fez o Conservatório? - Essa é outra história. O meu pai faleceu, houve uma série de problemas na minha vida e eu voltei a Portugal. Voltei e resolvi ir para o Conservatório porque havia muitos actores - grandes actores - que nos serviam de trampolim e nos levavam para as companhias. E assim foi. Fui para o Conservatório e estive lá três meses. Ao fim desse tempo fui expulso. Ou melhor, fui suspenso por três anos.

 - Por que motivo?

 - Um quid pro quo com uma colega minha. Fiz uma piada de mau gosto, uma brejeirice, porque tinha muita confiança com ela, e nessa altura fui alvo de um inquérito terrível. A menina era filha de uma alta patente das forças armadas e de uma senhora muito fina e ela resolveu contar a situação que se tinha passado comigo como se fosse uma coisa muito engraçada. Ela própria achou muita graça - mas o pai não achou graça nenhuma. O pai era um conservador e foi ao Conservatório falar com o director. Achei aquilo tudo muito ridículo, porque não ligava nenhuma a esse tipo de coisas. O Conservatório era tão ridículo que nós, rapazes, éramos obrigados a ir de gravata para as aulas - em Paris íamos de qualquer maneira, era preciso era ir e fazer - e as meninas tinham de levar meias de seda. Não podiam ir de pernas nuas. Saí do Conservatório e nunca mais voltei.

 - Mas nunca lhe fez falta?

 - Para nada. Entretanto fui falar com o Couto Viana, que me contratou para o Gerifalto. E nunca mais parei. 

 - Estreou-se no Teatro do Gerifalto numa peça escrita por si. Estreou-se na dupla condição de actor e autor...

 - Exactamente. Ele tinha-me metido no Gerifalto como ponto. Disse-me que gostava muito de me contratar, mas que não tinha dinheiro e que precisava era de um ponto. Na altura ainda havia aquelas caixas, onde os pontos se colocavam... Eu queria era entrar. E quando fomos para a leitura da próxima peça, eles não gostaram nada. Acharam que era uma chatice. Eu, que era um puto desenrascado e com uma grande lata, disse-lhes que em 24 horas fazia melhor do que aquilo. O Couto Viana disse que me dava uma semana. "Vais para casa, e daqui a uma semana voltas." Não foi uma semana, foram 48 horas. Escrevi, escrevi, escrevi. Acharam muita graça ao texto, riram-se muito e foi a peça que abriu a temporada. Chamava-se ‘Misterioso Até Mais Não'.

 - Percebeu desde logo que ia também enveredar pela escrita? 

 - Sim, porque eu já escrevia. Comecei a escrever aos 14, 15 anos. Tentativas de peças, de sketches... Sempre gostei muito de escrever. 

 - Mas se não houve tradição antes, há tradição agora. A Sofia [Nicholson] seguiu-lhes o exemplo... 

 - É. E a tradição manteve-se de uma maneira que até me divirto com ela. Porque eu também não queria que ela fosse actriz!

 - É com alegria ou com preocupação que se recebe a notícia de que um filho quer ser actor? 

 - A vida de um artista é problemática. Eu costumo dizer que é feita de euforias breves e de angústias longas. Estamos sempre contratados a prazo - agora com a televisão é que há contratos mais longos, mas também acabam rapidamente. Estamos susceptíveis a tudo: se chove, se faz sol, se há crise, se não há crise. É complicado. Claro que eu não tenho razão de queixa. Desde que comecei nunca mais parei de trabalhar - só quando adoeci. A Sofia estava na Air France, desempenhando muito bem o seu papel, quando me anunciou que queria ser actriz, e naturalmente fiquei preocupado. Não a proibi - nem pouco mais ou menos - mas se calhar não lhe dei o apoio que ela merecia. Ela foi por aí fora e hoje está firme e é uma excelente actriz. Sou pai mas sou isento, e reconheço os méritos da Sofia.

 - E o neto, Hugo, já manifestou algum interesse pelo teatro?

 - Já fez um curso de teatro. Com 12 anos. E acho que vai entrar numa telenovela, com um papel pequenino... E tenho também um neto, que não é bem meu neto, é filho do meu enteado, mas é como se fosse meu neto, e que vai entrar na Escola Profissional de Teatro de Cascais, do Carlos Avilez.

 - Vê-se mais como autor, actor ou encenador? 

 - Gosto das três vertentes do trabalho. Gosto muito de escrever, gosto de representar - se o papel me agrada - e gosto de dirigir, principalmente gente nova. Agora tenho dirigido grandes actores.

 - Ao longo da sua carreira passou por grandes companhias de teatro. A Companhia Nacional de Teatro, o Gerifalto, o Teatro Estúdio de Lisboa. Inaugurou o Teatro Villaret com o Raul Solnado... Tem noção de que faz parte da história do teatro português?

 - Se calhar faço, mas não tenho grande noção disso. Tenho mais de 50 anos de carreira e realmente passei por tudo isso. Ainda criei o Adoque. Fiz teatro de revista com as jovens estreantes Ivone Silva, Manuela Maria, Irene Cruz e Henriqueta Maia... Escrevi e dirigi essa companhia...

 - De todas as pessoas com quem trabalhou, há alguma que recorda com mais carinho?

 - Muitas. O Armando Cortez, antes de todos, o meu compadre (é padrinho da Sofia), com quem fiz o programa de televisão ‘Riso e Ritmo'. Era como um irmão. O Solnado. O Nicolau [Breyner]... E o Eugénio Pepe, outro irmão, o primeiro compositor com quem colaborei. As minhas primeiras letras, foram para músicas dele. Eu era um principiante, ele um profissional reputado. Foi fantástico. Há muitas pessoas... O Henrique Santana, a seguir, um encontro inesperado mas muito frutuoso. Eu estava no Adoque, uma companhia considerada de esquerda, e ele no Maria Vitória, de direita. O Hélder Freire Costa sonhou juntar as duas - o que surpreendeu toda a gente. Achavam que nós nos detestávamos. Eu tinha imensa admiração por ele e acho que ele também tinha por mim. De forma que depois de muitas reuniões, quase secretas, quando fui a casa dele, para conversarmos, de cada vez que passava por um objecto - um jarrão, uma terrina - ele dizia-me: "Cuidado. Não deixes cair!" Perguntei-lhe: o que é que se passa? "Nada", disse ele. "Mas se eles lá foram ouvem algum barulho pensam que somos nós a andar à pancada."

 - A carreira de letrista também tem sido admirável - escreveu cerca de 300 letras de canções. Acha que as pessoas sabem que escreveu a célebre ‘Oração' para o António Calvário?

 - Algumas saberão. Outras não. A canção, tendo sido um desastre na Eurovisão, foi um sucesso cá - e continua a ser. O António continua a cantá-la em todos os espectáculos a que vai. Mas também se não souberem, não é importante. Às vezes nem eu me lembro que a canção que estou a ouvir foi escrita por mim. - Ganhou três vezes as Marchas de Lisboa. Isso também é importante para si?

 - Fi-las por acaso, mas foi importante tê-las feito. Sempre em colaboração, claro. Faz parte da tradição, é uma coisa que está agarrada a Lisboa. - Parte da sua carreira foi feita antes do 25 de Abril. Sentia-se constrangido?

 - Sempre. Havia a censura. No teatro, não havia quem não sonhasse, não digo com o 25 de Abril, mas com qualquer coisa que acabasse com a censura. Porque era um constrangimento muito grande. - Quando a revolução chegou, estava no Teatro ABC, a fazer a revista ‘Tudo a Nu', de que era autor, encenador e actor. Teve noção de que naquele momento tinha mudado tudo? - Sim. Viemos para a rua, houve histórias engraçadíssimas. Havia uma grande ingenuidade, uma grande vontade, um grande voluntarismo. O que levou a situações cómicas. Mas foi inesquecível. E então o 1º de Maio, a seguir ao 25 de Abril foi maravilhoso.

 - Logo a seguir funda o Teatro Adoque, companhia de revista à portuguesa, onde se lançaram a Ana Bola, a Helena Isabel, Virgílio Castelo, António Feio...

 - O José Raposo e muitos mais...

 - A revista é, para si, um género teatral maior?

 - Considero a revista à portuguesa um género extremamente importante. É um formato que se identifica muito com o nosso povo, um espectáculo eminentemente popular e eu tive provas disso logo a seguir ao 25 de Abril, quando muitos estrangeiros vieram a Portugal - grandes encenadores - para tentar perceber o que isto era. Iam ao Adoque e saiam de lá maravilhados. Inclusivamente o director do Berliner Ensemble. Na altura fazia-se muito Brecht. O entusiasmo dele encheu-nos de orgulho. Éramos muito voluntaristas, estávamos atrás de sonhos e ideais que infelizmente não se concretizaram, mas na altura acreditávamos. E um testemunho de uma pessoa daquelas, que praticava teatro político, teve para nós uma importância fundamental.

 - Entretanto, a televisão também tinha aparecido, e esse novo veículo tornou-o muito popular. Programas como o ‘Riso & Ritmo' e, posteriormente, ‘Canto Alegre' tornaram-no uma figura pública. Foi importante para si?

 - Adoro fazer televisão. O ‘Riso e Ritmo' foi um formato perfeitamente inovador e ainda hoje gente que o vê diz que era um programa que estava muito à frente. E era feito pelos gloriosos malucos das máquinas de televisão. O Armando Cortez (foi aí que se solidificou a nossa amizade), o Luís Andrade, um realizador todo para a frente... Era uma equipa divertida que gozava de uma liberdade muito grande e passaram-se coisas muito engraçadas. Acabou, abruptamente. Pedimos a uma colega para levar o inspector da censura a beber um café enquanto gravávamos um sketch sobre o Pai Natal em que um operário põe uma meia na chaminé, mas a meia tem um buraco. O mestre de obras põe uma botifarra em baixo e enche a botifarra toda. Aquilo foi para o ar e o tipo ia tendo uma apoplexia. Nunca mais houve ‘Riso e Ritmo'.

 - Vida cheia, muito trabalho. Sente que tem o reconhecimento devido por tudo o que fez? 

 - Não fiz nada para ser reconhecido. Fiz por amor. Não fiz nada à espera de reconhecimento, mas tenho tido algum. Recebi a Medalha de Mérito da Cidade de Lisboa, tive um prémio muito pitoresco - o Prémio Beatriz Costa - que muito me honrou. São coisas gratificantes, mas não foi para isso que fui para actor. Foi para ir fazendo, para construir qualquer coisa. E acho que tenho ajudado a construir muita coisa. Imodestamente.

 - É uma pessoa realizada?

 - Sim. Não me posso queixar da vida. - A não ser desse problema de saúde... - O transplante, sim. O doutor Eduardo Barroso e Manuela Morbey chamaram-me há dois meses e aconselharam-me, em função dos exames que fiz, a fazer um novo transplante. Eu, pela admiração e pela consideração que tenho por eles, disse logo que sim. Mas sou um optimista por natureza e espero que isto se resolva pelo melhor. Sei que estou em boas mãos.

 - Nesta fase, a Magda, com quem já se casou duas vezes, tem sido uma companhia imprescindível?

 - Se calhar volto a casar-me uma terceira vez, logo que isto passe... A Magda é uma companheira excepcional, para além de ser uma mulher extraordinária. É uma artista, bailarina com vários prémios, coreógrafa, cenógrafa, figurinista... Actriz, que entrou em várias novelas e programas de humor. É, para além disso, uma companheira única. Não tenho a certeza de merecer uma pessoa assim. Reconheço que tinha uma vida muito agitada, era um boémio militante, eu e colegas do teatro - o que aliás me ajudou a dar cabo do fígado - e depois encontrei a Magda e foi realmente uma coisa muito boa para a minha vida. Tem-me ajudado imenso nesta fase e ela tem sofrido imenso com tudo isto. E tenho a minha filha, os meus enteados, a minha família e os meus amigos. Têm sido um grande apoio. É muito bom ter amigos e família. Torna as coisas mais simples. Mais justificadas. Justifica lutarmos para estarmos vivos.

 - E continua a escrever?

 - Continuo. Já tenho uma série de rábulas escritas para uma hipotética revista para a qual espero vir a ser convidado. Não sei se o Hélder Freire Costa me convida, mas logo se vê.

 - A vida só acaba quando acaba?

 - É é. A vida é para ser vivida, não morrida.

HUMOR COM HUMOR SE PAGA

Saturday 27 October 2012

PSICÓLOGO DA ACUSAÇÃO DIZ QUE RENATO EXAGEROU PARA PARECER LOUCO



Momentos de tensão no julgamento do homicídio de Carlos Castro

Psicólogo diz que Renato Seabra exagerou para "parecer louco"


William Barr, psicólogo arrolado pela acusação a Renato Seabra, defendeu nesta sexta-feira nu8m tribunal de Nova Iorque que o jovem português fugiu conscientemente do local do homicídio de Carlos Castro e que exagerou na descrição do crime para "parecer louco".

Director de Neuropsicologia na Universidade de Nova Iorque, Barr foi interrogado por um dos advogados de defesa de Seabra, David Sinins, durante duas horas com momentos de tensão entre ambos e também com a procuradora Maxine Rosenthal, levando o juiz a intervir várias vezes para serenar os ânimos.

"Ele elabora progressivamente os detalhes de um crime horrendo para o fazer parecer cada vez mais louco a toda a gente com quem fala. No final, já estava a beber sangue", disse Barr, referindo-se a um facto admitido pelo jovem na entrevista mais recente, a um psicólogo chamado pela defesa.

Barr rejeita a tese da defesa de que Seabra não tem responsabilidade criminal pelo violento crime de 7 de Janeiro de 2011, devido a problemas mentais que o impediram de ter consciência dos seus actos. No início de 2012, Barr diagnosticou a Seabra "distúrbios emocionais com traços psicóticos em remissão total", após seis horas de entrevista pessoal e de rever os registos dos diferentes médicos que o avaliaram, além de provas do crime.

Defende que o motivo do homicídio, seguido de tortura e mutilação, foi apenas "raiva" e que a violência praticada é semelhante dos cartéis de droga no México.

Perante a questão "hipotética" colocada por Sinins, sobre se Renato Seabra seria criminalmente responsável caso em estado psicótico tivesse assassinado Castro "seguindo as instruções de Deus ou de uma voz" que na sua cabeça dizia que era justo, o psicólogo defendeu que "não é isso o que o seu comportamento mostra".

"Depois de cometer o crime, foge do local, com 1700 dólares, passaporte, vai para [o terminal de transportes de] Penn Station? Penso que provavelmente está a fugir", disse Barr. Escudando-se em diagnósticos psiquiátricos feitos em três unidades psiquiátricas, a defesa sustenta que na altura do crime, Renato Seabra "estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar com caraterísticas psicóticas graves", logo não deve ser considerado culpado.

Aponta ainda para a natureza brutal das agressões, incluindo mutilações genitais da vítima, como prova de que Seabra estava sob efeito de uma psicose, tal como o facto de ter relatado a dois psicólogos ter obedecido a "vozes" dentro da sua cabeça, nomeadamente durante a mutilação. Disse ainda que "as vozes" o levaram a acreditar que matar e mutilar Castro lhe daria poderes para curar as outras pessoas.

Barr retorquiu não dar credibilidade ao relato e apontou "inconsistências" ao jovem durante a entrevista, em particular em relação ao que alegadamente fez depois de mutilar os órgãos genitais. "Tive de perguntar três vezes algo de interesse óbvio para o caso e ele nem se lembrava", disse o psicólogo.

A defesa procurou argumentar perante os jurados que o diagnóstico de bipolaridade feito a Seabra nos dois hospitais logo após o crime é mais importante que o de Barr, que o questionou um ano depois dos factos.

Este sustentou que está hoje em melhor condição de fazer um diagnóstico do que os psiquiatras na altura, sabendo que Seabra não tem um historial de doença mental e considerando não serem convincentes os sinais de eclosão de psicose nos dias antes do crime.

Apoia o seu diagnóstico também no facto de, um ano depois do crime, Seabra "não revelar sinais" de psicose, apesar de ter cometido um "acto raivoso violento" contra uma pessoa.
A defesa de Renato Seabra continuará a interrogar Barr na próxima quarta-feira.

Wednesday 24 October 2012

RENATO FINGIU PROBLEMAS MENTAIS?


Procuradora tenta rebater tese de doença mental

Acusação sugere que Renato Seabra fingiu problemas mentais


A acusação no caso Carlos Castro sugeriu esta quarta-feira que Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista, em Nova Iorque, fingiu ter problemas mentais após encontros com o seu advogado.

A procuradora Maxine Rosenthal prosseguiu hoje o interrogatório do psicólogo clínico Jeffrey Singer, testemunha da defesa, que atestou, em sessões anteriores, que Seabra não teve consciência do violento homicídio de 7 de Janeiro de 2011, por estar num estado psicótico, uma justificação usada pela defesa, para que seja considerado não culpado.

Nas primeiras horas de internamento na ala psiquiátrica do Hospital Bellevue, Seabra esteve sob vigilância constante por risco de suicídio, tendo sido observado o seu estado a cada 15 minutos, e foi recorrendo a estes registos que Ronsenthal tentou demonstrar que o arguido esteve quase sempre normal e calmo.

Perante os jurados, a procuradora sublinhou que os registos mostram que Seabra passou a maior parte do tempo a descansar, dormir, ver televisão, jogar xadrez ou pingue-pongue e que os seus comportamentos mais bizarros tiveram lugar logo após visitas do advogado ou da família.

Estes comportamentos, registados pelo pessoal hospitalar, incluíram identificar-se como "Abacaba" ou "Jesus", despir-se em público e fazer exercício, vestir-se de "super-herói", dizer ouvir vozes e receber "mensagens" dos livros, e anunciar querer matar todo o pessoal do Hospital.

Questionado por Rosenthal se alguém poderia comportar-se assim para se "fingir de louco", o psicólogo afirmou que tal "depende da pessoa e de muitas outras coisas"."Também é consistente com desordem bipolar", a doença mental que estará na origem do surto psicótico que levou ao crime, disse Singer.

Escudando-se em relatórios psiquiátricos, o especialista afirma que, na altura do crime, o jovem "estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar, com características psicóticas graves" e, como tal, não deve ser considerado culpado.

A defesa argumenta que foi a doença mental a levar ao crime, após o qual o jovem se passeou pelas ruas da cidade num estado de alucinação, tocando nas pessoas. A acusação sustenta que foi "raiva, desilusão e frustração" a levar Renato Seabra a matar o colunista social, directamente ligada ao fim da relação.

No final da sessão da manhã em tribunal, o advogado de defesa, David Touger, dizia que já esperava que a acusação tentasse mostrar que houve fingimento da parte de Seabra. "Peço-vos, porém, que verifiquem os registos, vejam o que dizem", afirmou o advogado David Touger aos jornalistas.

Jeffrey Singer elaborou o seu relatório com base nos diagnósticos das três instituições psiquiátricas por onde passou Seabra, assim como numa entrevista ao jovem, em que este falou de um estado de confusão mental, nos três dias antes do crime, debatendo-se com a condição de homossexual.

Sobre o momento do violento crime, disse que, depois do primeiro ataque, Castro "ainda respirava de maneira pesada", o que o assustou por pensar "que era o diabo que ia voltar à vida", e que só poderia matá-lo se mutilasse os seus órgãos genitais.

"Foi louco, demasiado rápido. Estava louco porque sou o tipo de pessoa que nunca entrou numa luta", relatou, segundo Singer. Numa entrevista a um psiquiatra contratado pela defesa, Seabra afirmou que "vozes" lhe disseram para cortar os seus próprios pulsos e que o sangue da vítima dar-lhe-ia o poder para curar as pessoas da homossexualidade.

As várias horas de duração do crime, disse Singer, mostram o "estado psicótico" em que se encontrava Seabra, tal como o facto de se ter arranjado antes de sair do quarto. Outra indicação de psicose, afirmou, é o relato feito à polícia e nos registos do hospital de ter tentado tocar nas pessoas para as "curar".

Os registos hospitalares, defendeu Singer, documentam um "estado maníaco psicótico agudo", logo depois do crime, e muito depois disso. 



Saturday 20 October 2012

RENATO ABUSADO EM CRIANÇA


Renato Seabra foi alvo de abusos sexuais em criança

 A defesa de Renato Seabra afirmou esta sexta-feira em tribunal que o modelo foi abusado sexualmente em criança. Em Nova Iorque, onde decorre o julgamento, o psicólogo contratado pela defesa do jovem explicou que Renato lhe contara ter sido abusado na infância por um vizinho. Na altura do alegado abuso teria oito anos, contou o psicólogo, que revelou algumas conversas que teve com o modelo. O especialista clarificou que Renato Seabra é bissexual, tendo iniciado a vida sexual com mulheres e tido depois relações «entre os 16 e os 18 anos» com os primos, noticia a TVI24. O psicólogo terá ainda salientado que se envolveu com Carlos Castro com o intuito de poder progredir no mundo da moda. 

Tuesday 18 September 2012

NADADOR-SALVADOR SALVA TRÊS VIDAS NA NAZARÉ



                                   Daniel Meco (à esquerda) foi preponderante para o salvamento 

Nazaré: Nadador-salvador acudiu a situações de perigo

Salva três banhistas da morte


Em apenas um minuto, o mar da Nazaré surpreendeu ontem três banhistas que iam sendo levados pela onda, mas conseguiram ser socorridos por um nadador-salvador que já não estava de serviço. Com a ajuda de outras pessoas que se encontravam na praia, Daniel Meco resgatou para terra as vítimas, uma delas em estado grave.

Por:Francisco Gomes

Guerin Louise Degano, de 84 anos, de nacionalidade francesa, ficou internada no hospital de Alcobaça, sob vigilância, maslivre de perigo. Franciline Renee, de 68 anos, francesa, e Christophe Oliveira, de 25 anos, residente em Fátima, foram assistidos no hospital e tiveram alta.

Eram 15h03 quando foi dado o alerta para um duplo pré-afogamento. "Uma senhora estava à beira-mar e foi arrastada pela onda e um homem tentou salvá-la, mas também ficou em perigo", relatou João Estrelinha,comandante dos bombeiros.

Um minuto depois era dado o alerta para outro caso de afogamento, mais grave, a cem metros de distância. "Outra senhora estava a molhar os pés quando a onda a surpreendeu", indicou. Atento às duas situações estava Daniel Meco, presidente da associação de nadadores-salvadores local, que apesar de a época balnear ter terminado no sábado, na Nazaré, ainda ficou mais dois dias na praia a vigiar e a alertar os banhistas para o perigo das ondas.

Na moto-quatro cedida pela Câmara percorre o extenso areal e depara-se ainda com muitos banhistas na praia. Ontem, a sua intervenção foi preciosa, ao trazer para terra a senhora que estava em maiores dificuldades, contando com ajuda de alguns banhistas na prestação dos primeiros socorros, e coordenando o salvamento dos outros doisveraneantes. "Isto acontece devido à desatenção das pessoas: o mar parece calmo, mas, de repente, aparecem ondas. Por outro lado, o declive da areiaengana", alerta Daniel Meco. 



Friday 14 September 2012

JUIZ VALIDA CONFISSÃO DE RENATO



Caso da morte do colunista Carlos Castro

Juiz valida confissão de homicídio feita por Renato Seabra


O juiz Michael Obus considerou esta sexta-feira válida a confissão do homicídio do colunista Carlos Castro por Renato Seabra, cuja anulação era pedida pela defesa do jovem português.

Depois de ouvir os dois detectives no Supremo Tribunal de Nova Iorque, um deles o luso-descendente Michael de Almeida, que extraíram a confissão, em português, na ala psiquiátrica de um hospital, o juiz considerou que todos os requisitos foram obedecidos.

Após a audiência, o advogado de defesa, David Touger, disse estar tranquilo com a decisão, uma vez que a confissão, em que Seabra diz ter assassinado Castro para o "libertar dos demónios" da homossexualidade, acaba por sustentar a sua tese.

A tese da defesa é de que Seabra não pode ser considerado culpado por terem sido perturbações mentais a levá-lo a cometer o crime.

No final da audiência desta sexta-feira, em que esteve Renato Seabra e a sua mãe, o juiz marcou para a próxima quarta-feira o arranque da selecção do júri.

Michael Obus mostrou-se ainda aberto a ouvir uma proposta de acordo entre Touger e a procuradora, mas o advogado de defesa rejeita a possibilidade.


Saturday 1 September 2012

Tuesday 28 August 2012

QUEIJO DE CASTELO BRANCO CONQUISTA MEDALHA DE OURO EM INGLATERRA



O queijo de Castelo Branco DOP Sabores de Idanha conquistou uma medalha de ouro no concurso internacional Great Taste Awards 2012, anunciou na segunda-feira a Cooperativa de Produtores de Queijo da Beira Baixa, sediada em Idanha-a-Nova. O concurso é organizado pelo Guild of Fine Food, uma organização britânica criada em 1995 para aproximar produtores e retalhistas e que conta com 1.300 membros em todo o país. O queijo de Castelo Branco esteve entre 8.800 produtos de vários países, avaliados em provas cegas que envolveram mais de 300 especialistas.

A Cooperativa de Produtores de Queijo da Beira Baixa iniciou em 2011 a participação em concursos internacionais, conquistando o ouro com o Queijo Amarelo da Beira Baixa DOP no Concurso Mundial de Queijos, também em Inglaterra. Em Portugal, o organismo obteve seis medalhas no Concurso Nacional de Queijos, em Santarém.

OS PERIGOS DO CONSUMO DA MARIJUANA


Marijuana pode ser ainda mais prejudicial se consumida antes da idade adulta

Um novo estudo aponta para malefícios mais graves no consumo frequente de marijuana se tal acontecer na adolescência. A longo prazo pode haver uma queda do QI.

As implicações agravadas concluem-se porque os investigadores não verificaram a tendência de queda do Quociente de Inteligência (QI) quando o consumo frequente daquela droga se dá depois dos 18 anos. Assim sendo, os peritos vêem comprovada uma teoria que já havia sido lançada: que a marijuana é particularmente prejudicial em cérebros em desenvolvimento.

«Os pais deveriam entender que os seus adolescentes são particularmente vulneráveis», disse Madeline Meier, da Universidade de Duke. O estudo que Meier liderou foi ontem apresentado e contou com financiamento público dos Estados Unidos e do Reino Unido, e de uma fundação suíça.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a marijuana é relativamente comum entre os adolescentes. Dados oficiais de Junho davam conta de que 23% dos estudantes do Ensino Secundário tinham fumado marijuana, mostrando que é até mais popular do que os cigarros.

O estudo agora concluído na Nova Zelândia debruçou-se sobre o modo como os registos de QI mudam entre os 13 e os 38 anos. Os investigadores dizem que as descobertas não são definitivas, mas que a metodologia agora usada deverá silenciar as críticas lançadas a estudos anteriores cujos resultados iam no mesmo sentido, mas que não tinham avaliado o desempenho mental antes do consumo de droga.

Foram testados participantes aos 13 anos, uma idade que se acredita ser anterior a consumos significativos daquela droga, e depois com 38 anos. Além dos testes de QI, houve várias entrevistas após a entrada na idade adulta. Concluiu-se que o declínio mental entre estas idades só se verificou nos que começaram a fumar regularmente marijuana antes dos 18 anos.

Richie Poulton, co-autor do estudo, regista que «para alguns é uma questão legal», mas o também investigador na Universidade de Otago (Nova Zelândia, onde esta droga é ilegal) vinca que no seu entender «é uma questão de saúde»


PORTUGUÊS SALVA DUAS CRIANÇAS E MORRE AFOGADO



Emoção no funeral de segurança dos jogos olímpicos

Herói salva duas meninas e morre


"És a minha vida e agora tornaste-te, para todos nós, herói", diz à imprensa inglesa a mulher de Marco Araújo, português de 33 anos emigrado em Inglaterra, que "não hesitou" quando, a 26 de Julho, viu duas meninas, de quatro e dez anos, a afogarem-se junto ao porto de Portsmouth.

Lançou--se ao mar e salvou-as. Depois desapareceu e o seu corpo só deu à costa duas semanas mais tarde. Foi a enterrar neste fim-de-semana. A emoção apoderou-se de Tracey Hall, mulher de Marco Araújo, e da mãe e irmã da vítima, que só conseguiram viajar de Portugal até Inglaterra para assistir ao funeral após terem sido doados cerca de dois mil euros. Centenas de pessoas estiveram nos serviços fúnebres.

Marco Araújo, que no dia a seguir à tragédia ia começar a trabalhar como segurança nos Jogos Olímpicos de Londres, passeava com a mulher junto ao porto de Portsmouth quando viu as meninas em dificuldades. Atirou-se ao mar e, com um jovem de 17 anos, conseguiu colocar as vítimas a salvo. Mas acabou ele arrastado pela forte corrente. Apesar das buscas da polícia marítima, só a 8 de Agosto o corpo da vítima foi descoberto. O reconhecimento foi possível graças às impressões digitais.


Monday 20 August 2012

MICHAEL PHELPS PODE PERDER AS MEDALHAS



Foram divulgadas imagens de Michael Phelps numa campanha da Louis Vuitton, a 13 de Agosto

O atleta Michael Phelps pode perder as medalhas alcançadas nos Jogos Olímpicos de Londres, depois de terem sido divulgadas imagens do nadador na campanha Louis Vuitton no Twitter, a 13 de Agosto. Este risco foi noticiado pelo ‘Daily Mail’ na sexta-feira.

Quatro medalhas de ouro e duas de prata: ao todo são seis medalhas que Michael Phelps poderá perder, tendo em conta a Lei 40 do regulamento introduzido pelo Comité Olímpico Internacional (COI) no início do ano. A norma pressupõe que nenhum atleta pode participar em campanhas de marketing que não estejam relacionadas com os Jogos Olímpicos, entre 18 de Julho e 15 de Agosto.

A lei oficial do COI diz: “Um atleta ou uma equipa podem perder o benefício de qualquer classificação obtida nos Jogos Olímpicos, sendo desqualificados ou excluídos; nesse caso, as medalhas e diplomas ganhos devem ser devolvidos ao COI”.

Depois de as duas fotografias - tiradas pela famosa fotógrafa Annie Leibovitz - terem sido publicadas, a Louis Vuitton disse que não eram oficiais e que tinham sido roubadas das instalações da empresa.

Duas fotografias do atleta foram divulgadas em vários sites a 13 de Agosto: uma mostra Michael Phelps numa banheira, com uma mala da Louis Vuitton no chão; na outra, o atleta está sentado num sofá a rir-se com a ex-ginasta soviética, Larissa Latynia, aparecendo novamente uma mala da marca francesa. 



Monday 6 August 2012

ARGELINO ABANDONA JOGOS OLÍMPICOS



Makhloufi abandona prova dos 800 metros

Argelino afastado por falta de esforço


Os Jogos Olímpicos são para levar a sério e quem não o fizer, está fora. Foi o que aconteceu ao argelino Taoufik Makhloufi, um dos grandes candidatos ao ouro nos 1.500 metros, afastado de todas das competições por ter desistido de forma propositada da prova dos 800 metros.

O atleta é um especialista na prova dos 1.500 metros, mas estava também inscrito nos 800 metros. Ontem, depois da qualificação para a final da prova mais longa, a delegação argelina tentou cancelar a sua inscrição na prova de menor distância. Mas já não foi a tempo e Makhloufi foi obrigado a participar na eliminatória.

Esta manhã, rapidamente se percebeu que o argelino não iria esforçar-se por um bom resultado. Ao tiro de partida, arrancou lentamente e, menos de 100 metros depois, já tinha desistido e caminhava para os balneários.

O Comité Olímpico Internacional estava atento e não gostou da atitude do corredor, afastando-o. Os juízes consideraram que “não se esforçou e não teve boa-fé”, decidindo “excluir o atleta de todas as provas da competição”.

A decisão só é reversível, caso a delegação argelina apresente um certificado médico, comprovando as razões do abandono.

“Estamos um pouco desapontados por terem tomado a decisão sem dar oportunidade ao atleta de se defender. É isso que nos preocupa, porque de momento sabemos que o nosso atleta está lesionado no joelho. Já o levámos ao centro médico da Aldeia Olímpica, para um médico o examinar”, defendeu o chefe da delegação argelina, Mohamed Azzoug.

Este não é primeiro caso de disciplina aplicada a atletas olímpicos. As jogadoras chinesas de badminton foram excluídas depois de terem perdido de forma intencional, para terem um melhor alinhamento nos quartos-de-final.


Saturday 28 July 2012

INCÊNDIO EM ESTREIA DE NOVO FILME DO BATMAN



Incêndio durante a estreia do novo filme do Batman no México obriga a retirar 800 pessoas

Por Agência Lusa, publicado em 27 Jul 2012 - 22:27 


Um incêndio num complexo de salas de cinema na cidade de Guadalajara (oeste do México) obrigou a retirar 800 espetadores que assistiam à ante-estreia do novo filme do herói de banda desenhada Batman, divulgaram hoje os bombeiros locais.


O incidente, que não fez vítimas, ocorreu na noite de quinta para sexta-feira.
Segundo testemunhas, citadas pela comunicação social local, os espetadores não reagiram imediatamente ao alarme de incêndio, uma vez que pensaram que o efeito fazia parte do filme de aventuras.

"Não sabíamos se fazia parte do filme ou se era outra coisa, só percebemos depois das luzes terem sido abertas e terem pedido para sairmos", relatou Carlos Martinez, um espetador citado pelo jornal El Universal.

A evacuação da sala de cinema foi realizada sem incidentes e de forma calma, de acordo com os bombeiros locais.

"The Dark Knight Rises", o último filme da trilogia do herói Batman, realizado por Christopher Nolan e protagonizado pelo ator Christian Bale, tem estado nos últimos dias nas principais páginas dos jornais pelas piores razões.

Na passada sexta-feira, um homem matou a tiro 12 pessoas e feriu outras 58 durante a estreia do filme num complexo de cinemas em Aurora, nos subúrbios de Denver.

O suspeito do crime, James Holmes, é um estudante de medicina de 24 anos.
Após o massacre no Colorado, a polícia norte-americana deteve outros três homens por incidentes relacionados com o filme do Batman.

Na sequência destes acontecimentos, alguns países chegaram a cancelar a estreia do filme e muitos reforçaram a segurança nos cinemas que exibem a película.

Em Portugal, o filme "The Dark Knight Rises" ("O Cavaleiro das Trevas Renasce", em português) tem estreia agendada para o próximo dia 02 de agosto, em 106 salas.

http://www.ionline.pt/mundo/incendio-durante-estreia-novo-filme-batman-no-mexico-obriga-retirar-800-pessoas

Monday 23 July 2012

HUGO SEQUEIRA CAI DO 2º ANDAR E SOBREVIVE


Actor cai do segundo andar e sobrevive (Actualizada)A Ferver: 23.7 - 22h Por: João C. Rodrigues / 

João Tavares com J.D.S. e R.L.

Hugo Sequeira, protagonista de novelas como ‘Laços de Sangue', caiu anteontem da janela de casa, um segundo andar na avenida Vasco da Gama, na Parede, Cascais, em circunstâncias ainda por esclarecer.

Segundo o CM apurou, Hugo, 36 anos, ‘aterrou' em cima de um carro, o que terá amparado a queda. "Levantou-se e começou aos gritos, a dizer que estava a ser perseguido e a atravessar a estrada enquanto os carros passavam. Alguém chamou a polícia, que o algemou, mas depois foi levado pelos bombeiros", relatou um vizinho.

Fonte oficial da PSP de Lisboa confirmou a ocorrência, mas garantiu que ninguém foi detido. Segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro, "foi accionada uma ambulância que prestou assistência a um politraumatizado e efectuou o transporte ao Hospital de São Francisco Xavier". Apesar da queda de cerca de seis metros, Hugo foi considerado "um ferido ligeiro".
No hospital, o actor foi submetido a exames para apurar se tinha consumido substâncias proibidas e sujeito a uma consulta de psiquiatria. De acordo com fonte hospitalar, "não dizia coisa com coisa". Continuava ontem à noite internado.

Segundo fontes próximas do actor, que está sem trabalho desde o final da novela da SIC ‘Laços de Sangue', no final de 2011, Hugo tem vivido momentos conturbados e está em litígio com a ex-namorada por causa do filho de três anos.

PERFIL

Hugo Sequeira nasceu no dia 19 de Janeiro de 1976 (36 anos), em Lisboa. Começou a carreira de actor na série ‘Riscos' (1997). No seu currículo contam-se participações em novelas da TVI e da SIC, nomeadamente, ‘Filha do Mar', ‘Queridas Feras', ‘O Crime do Padre Amaro' e ‘Floribella'. Contracenou com a actriz brasileira Suzana Vieira na novela ‘Laços de Sangue', a sua última passagem pela TV. Teve um relacionamento de três anos com a actriz Dina Félix da Costa, de quem tem um filho.

http://www.vidas.xl.pt/a_ferver/detalhe/actor_cai_do_segundo_andar_e_sobrevive_actualizada.html

JULGAMENTO DE RENATO EM SETEMBRO



Defesa e acusação acertam data

Renato Seabra começa a ser julgado a 10 de Setembro


O julgamento de Renato Seabra, acusado do homicídio do colunista social Carlos Castro, em Nova Iorque, deverá começar a 10 de Setembro, acordaram esta segunda-feira defesa e acusação.

O acordo para a provável data de início do julgamento, quase dois anos depois do homicídio, foi alcançado entre o advogado de defesa, David Touger, e a procuradora, Maxine Rosethal, numa sessão no tribunal estadual de Nova Iorque, presidida pelo juiz chefe Michael Obus.
"O que deve acontecer é o caso [Carlos Castro] passar à frente do outro julgamento da procuradora, à luz do tempo que já decorreu [sobre o crime], da seriedade dos factos e da vontade do réu ser julgado rapidamente", disse o juiz.

Nos últimos meses, a data de início tem estado em suspenso da disponibilidade de agenda da procuradora, que hoje anunciou que um dos outros casos que tem em mãos ficará para depois de Setembro, criando, nas palavras do juiz, "uma janela de oportunidade" para julgar Seabra.
Segundo o advogado de defesa, a data de julgamento ainda poderá ser ajustada "um ou dois dias", mas é "quase cem por cento certo" que o caso não sofrerá mais adiamentos. Touger adiantou ainda que o juiz do caso poderá não ser Charles Solomon, que acompanhou o processo desde o início e se foi mostrando crescentemente agastado com os sucessivos atrasos.

Poderá ficar a cargo do próprio Michael Obus, que teve recentemente em mãos o caso de Dominique Strauss-Khan, ou ser entregue pelo chefe do tribunal a um outro juiz. O primeiro passo do julgamento será uma audiência para determinar se a confissão que Seabra fez à polícia depois do crime, uma das peças mais importantes para a defesa, será considerada válida pelo juiz.

Seguir-se-á a escolha dos jurados do caso, que poderá demorar poucos dias ou até uma semana, dependendo da facilidade de haver acordo entre procuradoria e defesa. Por isso, afirma o advogado, é "impossível dizer" qual será ao certo a data em que começarão a ser ouvidas as testemunhas.

O início do julgamento, que deverá durar entre 2 e 3 semanas, chegou a ser apontado para Abril ou Maio. A demora na entrega de elementos e no arranque do julgamento motivou acesas discussões na sala de audiências entre defesa e acusação, levando o anterior juiz a declarar-se "frustrado" com o andamento lento do processo.

O caso remonta a 7 de Janeiro de 2011, quando Carlos Castro, de 65 anos, foi encontrado nu e com sinais de agressões violentas e mutilação nos órgãos genitais no quarto de hotel que partilhara com Renato Seabra, em Manhattan. O jovem continua na prisão de Rikers Island, por decisão do departamento penal de Nova Iorque, medicado e sujeito a vigilância médica.

O jovem português foi recentemente transferido de uma camarata para uma cela individual, dado o longo período, mais de um ano, a que chegou à prisão. A defesa sustenta que o jovem deve ser considerado "não culpado por razões de doença ou distúrbio mental" e mostra-se confiante que esta tese vai prevalecer perante um júri, quando o julgamento arrancar, escudando-se em relatórios psiquiátricos.

http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/nacional/portugal/renato-seabra-comeca-a-ser-julgado-a-10-de-setembro