Wednesday 14 November 2012

UNIVERSIDADE LUSÍADA OBRIGADA A INDEMNIZAR FAMÍLIA DE ALUNO QUE MORREU APÓS A PRAXE


A Relação do Porto confirmou uma decisão do tribunal de Famalicão que obriga a Universidade Lusíada a indemnizar os pais de um aluno que morreu após ser submetido a uma praxe, disse hoje fonte ligada ao processo.

Em acórdão datado de quinta-feira, que a agência Lusa consultou hoje, a secção cível da Relação do Porto julga improcedente uma apelação da universidade, confirmando a sentença recorrida, que condena a ré a pagar mais de 90 mil euros aos familiares de Diogo Macedo.

A vítima frequentava o 4.º ano de Arquitectura do pólo de Famalicão da Universidade Lusíada e era ‘tuninho’ (membro de categoria inferior) na tuna daquele estabelecimento de ensino superior. Diogo sentiu-se indisposto após ser praxado, numa noite de ensaios da tuna, em 08 de Outubro de 2001 e foi conduzido ao hospital de Famalicão, sendo transferido para o hospital de S. João, no Porto, onde veio a morrer sete dias depois.

«Sofreu agressões pelo menos na nuca e pescoço, que aconteceram quando este se encontrava na companhia dos colegas da tuna, no interior da universidade. A morte foi consequência adequada, directa e necessária dos actos violentos», concluiu a família, nos quesitos do processo cível intentado contra a universidade.

«Se a ré controlasse as práticas praxistas dentro das suas instalações, impedisse que a agressividade física e psicológica dominasse (?) teria contribuído para que a morte não ocorresse», assinalou ainda a família.

A autópsia revelou que Diogo morreu devido a lesões traumáticas cranioencefálicas e cervicais. A universidade alegou que o óbito «não se ficou a dever a qualquer agressão, nem à violação do dever de vigilância sobre a tuna académica».

Um processo-crime relacionado com a morte de Diogo foi arquivado pelo Ministério Público de Famalicão.

Lusa/SOL

Tuesday 13 November 2012

JUIZ AMEAÇA RENATO DE EXPULSÃO DO TRIBUNAL



O juiz do julgamento do caso Carlos Castro, em Nova Iorque, Daniel Fitzgerald, ameaçou hoje expulsar do tribunal o arguido, Renato Seabra, caso este volte a falar alto durante o julgamento, na presença dos jurados.

"Se falar enquanto os jurados estão na sala, vou retirá-lo do tribunal", avisou Fitzgerald na sessão de hoje do julgamento pelo homicídio do cronista social, a primeira depois de uma interrupção de duas semanas. Confrontado com o aviso, Seabra começou por rir-se, parando imediatamente depois de avisado pelo juiz para se conter, pois não havia "nenhum motivo para rir""Quero que participe no tribunal. Contudo, as regras dizem que se continua a falar quando não é suposto, então tenho de escusá-lo do tribunal"O incidente terá ocorrido no final da última sessão, mas nem a defesa nem a procuradoria quiseram esclarecer o assunto.

No banco das testemunhas voltou hoje a estar William Barr, psicólogo chamado pela acusação de Renato Seabra, que rejeita a tese da defesa de que o jovem não teve consciência dos seus atos no crime de 07 de janeiro de 2011, devido a perturbações mentais.

Relatórios de médicos que avaliaram o jovem em três unidades psiquiátricas, referem que, na altura do crime, o jovem "estava em pensamento delirante, num episódio maníaco e desordem bipolar, com caraterísticas psicóticas graves" e, como tal, não deve ser considerado culpado. Apontam ainda para a natureza brutal das agressões, incluindo mutilações genitais da vítima, como prova de que Seabra estava sob efeito de uma psicose, tal como o facto de ter relatado a dois psicólogos ter obedecido "a vozes" dentro da sua cabeça, nomeadamente durante a mutilação. Seabra disse ainda que as "vozes" o levaram a acreditar que matar e mutilar Castro lhe daria poderes para curar as outras pessoas.

Diretor de neuropsicologia na New York University, William Barr não dá credibilidade a este relato e defendeu mesmo que o jovem mentiu e tem estado a "improvisar" à medida que o tempo passa. "Muito no seu comportamento soa a psicótico, muito soa a inventado. Mas não interferiu com a capacidade deste homem saber que as suas ações eram erradas", disse o especialista. "O que sabemos sobre homicídios, seja por pessoas sob efeito de psicose ou não, é que é muito mais provável [o crime] acontecer como resultado de raiva, impulso, cólera", adiantou. Questionado pelo advogado de defesa se Seabra "mentiu a toda a gente", Barr respondeu "basicamente, sim", incluindo "provavelmente" à Polícia.

O neuropsicólogo admitiu que Seabra tenha entrado em estado de psicose, mas só depois de cometer o crime. Na sessão anterior, Barr disse que Seabra fugiu conscientemente do local do homicídio de Carlos Castro e que exagerou na descrição do crime para "parecer louco".
No início de 2012, Barr diagnosticou a Seabra "distúrbios emocionais com traços psicóticos em remissão total", após seis horas de entrevista pessoal e de rever os registos dos diferentes médicos que o avaliaram, além de provas do crime.


Monday 12 November 2012

ENTREVISTA A FRANCISCO NICHOLSON




Francisco Nicholson está a recuperar da operação cirúrgica a que foi submetido para transplante de fígado. É o segundo que faz, sob a coordenação do Doutor Eduardo Barroso

Entrevista a Francisco Nicholson, temporariamente afastado do trabalho por causa do segundo transplante ao fígado “Não me posso queixar da vida” (COM VÍDEO) A recuperar do segundo transplante ao fígado, o actor, encenador e autor fala sobre a carreira, a família e a doença que quer ultrapassar rapidamente. Em cena no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer, está a sua mais recente criação, 'Vai de Em@ail a Pior'.

 Correio da Manhã - Com uma família ligada às artes, para si não constituiu surpresa o facto de ter sido artista...

 Francisco Nicholson - Vamos lá a ver... Fala-se agora muito do meu bisavô, o Quintela, que também é bisavô do José Diogo, a verdade é que eu não tinha ligação com esse mundo. Tanto que quando decidi ir para o teatro os meus pais contrariaram-me. Decidi que queria fazer teatro aos 14 anos, quando estudava no Liceu Camões e comecei a trabalhar com o António Manuel Couto Viana, o ensaiador da Mocidade Portuguesa - que depois fez o Teatro do Gerifalto e a Companhia Nacional de Teatro, e por onde muitos de nós começámos, como o Rui Mendes, o Morais e Castro... Comecei no Teatro da Mocidade Portuguesa. Os meus pais disseram-me: "És actor quando atingires a maioridade. Até lá, nós não autorizamos!" Daí que eu fosse tirar um curso rápido, que tinha a ver comigo porque gosto muito de mar. Fui para a Marinha Mercante. Andei embarcado até aos 21 anos, quando atingi a maioridade. Com aquilo que tinha amealhado, fui tirar um curso em Paris.

 - Na Academia Charles Dullin...

 - Sim. - Não fez o Conservatório? - Essa é outra história. O meu pai faleceu, houve uma série de problemas na minha vida e eu voltei a Portugal. Voltei e resolvi ir para o Conservatório porque havia muitos actores - grandes actores - que nos serviam de trampolim e nos levavam para as companhias. E assim foi. Fui para o Conservatório e estive lá três meses. Ao fim desse tempo fui expulso. Ou melhor, fui suspenso por três anos.

 - Por que motivo?

 - Um quid pro quo com uma colega minha. Fiz uma piada de mau gosto, uma brejeirice, porque tinha muita confiança com ela, e nessa altura fui alvo de um inquérito terrível. A menina era filha de uma alta patente das forças armadas e de uma senhora muito fina e ela resolveu contar a situação que se tinha passado comigo como se fosse uma coisa muito engraçada. Ela própria achou muita graça - mas o pai não achou graça nenhuma. O pai era um conservador e foi ao Conservatório falar com o director. Achei aquilo tudo muito ridículo, porque não ligava nenhuma a esse tipo de coisas. O Conservatório era tão ridículo que nós, rapazes, éramos obrigados a ir de gravata para as aulas - em Paris íamos de qualquer maneira, era preciso era ir e fazer - e as meninas tinham de levar meias de seda. Não podiam ir de pernas nuas. Saí do Conservatório e nunca mais voltei.

 - Mas nunca lhe fez falta?

 - Para nada. Entretanto fui falar com o Couto Viana, que me contratou para o Gerifalto. E nunca mais parei. 

 - Estreou-se no Teatro do Gerifalto numa peça escrita por si. Estreou-se na dupla condição de actor e autor...

 - Exactamente. Ele tinha-me metido no Gerifalto como ponto. Disse-me que gostava muito de me contratar, mas que não tinha dinheiro e que precisava era de um ponto. Na altura ainda havia aquelas caixas, onde os pontos se colocavam... Eu queria era entrar. E quando fomos para a leitura da próxima peça, eles não gostaram nada. Acharam que era uma chatice. Eu, que era um puto desenrascado e com uma grande lata, disse-lhes que em 24 horas fazia melhor do que aquilo. O Couto Viana disse que me dava uma semana. "Vais para casa, e daqui a uma semana voltas." Não foi uma semana, foram 48 horas. Escrevi, escrevi, escrevi. Acharam muita graça ao texto, riram-se muito e foi a peça que abriu a temporada. Chamava-se ‘Misterioso Até Mais Não'.

 - Percebeu desde logo que ia também enveredar pela escrita? 

 - Sim, porque eu já escrevia. Comecei a escrever aos 14, 15 anos. Tentativas de peças, de sketches... Sempre gostei muito de escrever. 

 - Mas se não houve tradição antes, há tradição agora. A Sofia [Nicholson] seguiu-lhes o exemplo... 

 - É. E a tradição manteve-se de uma maneira que até me divirto com ela. Porque eu também não queria que ela fosse actriz!

 - É com alegria ou com preocupação que se recebe a notícia de que um filho quer ser actor? 

 - A vida de um artista é problemática. Eu costumo dizer que é feita de euforias breves e de angústias longas. Estamos sempre contratados a prazo - agora com a televisão é que há contratos mais longos, mas também acabam rapidamente. Estamos susceptíveis a tudo: se chove, se faz sol, se há crise, se não há crise. É complicado. Claro que eu não tenho razão de queixa. Desde que comecei nunca mais parei de trabalhar - só quando adoeci. A Sofia estava na Air France, desempenhando muito bem o seu papel, quando me anunciou que queria ser actriz, e naturalmente fiquei preocupado. Não a proibi - nem pouco mais ou menos - mas se calhar não lhe dei o apoio que ela merecia. Ela foi por aí fora e hoje está firme e é uma excelente actriz. Sou pai mas sou isento, e reconheço os méritos da Sofia.

 - E o neto, Hugo, já manifestou algum interesse pelo teatro?

 - Já fez um curso de teatro. Com 12 anos. E acho que vai entrar numa telenovela, com um papel pequenino... E tenho também um neto, que não é bem meu neto, é filho do meu enteado, mas é como se fosse meu neto, e que vai entrar na Escola Profissional de Teatro de Cascais, do Carlos Avilez.

 - Vê-se mais como autor, actor ou encenador? 

 - Gosto das três vertentes do trabalho. Gosto muito de escrever, gosto de representar - se o papel me agrada - e gosto de dirigir, principalmente gente nova. Agora tenho dirigido grandes actores.

 - Ao longo da sua carreira passou por grandes companhias de teatro. A Companhia Nacional de Teatro, o Gerifalto, o Teatro Estúdio de Lisboa. Inaugurou o Teatro Villaret com o Raul Solnado... Tem noção de que faz parte da história do teatro português?

 - Se calhar faço, mas não tenho grande noção disso. Tenho mais de 50 anos de carreira e realmente passei por tudo isso. Ainda criei o Adoque. Fiz teatro de revista com as jovens estreantes Ivone Silva, Manuela Maria, Irene Cruz e Henriqueta Maia... Escrevi e dirigi essa companhia...

 - De todas as pessoas com quem trabalhou, há alguma que recorda com mais carinho?

 - Muitas. O Armando Cortez, antes de todos, o meu compadre (é padrinho da Sofia), com quem fiz o programa de televisão ‘Riso e Ritmo'. Era como um irmão. O Solnado. O Nicolau [Breyner]... E o Eugénio Pepe, outro irmão, o primeiro compositor com quem colaborei. As minhas primeiras letras, foram para músicas dele. Eu era um principiante, ele um profissional reputado. Foi fantástico. Há muitas pessoas... O Henrique Santana, a seguir, um encontro inesperado mas muito frutuoso. Eu estava no Adoque, uma companhia considerada de esquerda, e ele no Maria Vitória, de direita. O Hélder Freire Costa sonhou juntar as duas - o que surpreendeu toda a gente. Achavam que nós nos detestávamos. Eu tinha imensa admiração por ele e acho que ele também tinha por mim. De forma que depois de muitas reuniões, quase secretas, quando fui a casa dele, para conversarmos, de cada vez que passava por um objecto - um jarrão, uma terrina - ele dizia-me: "Cuidado. Não deixes cair!" Perguntei-lhe: o que é que se passa? "Nada", disse ele. "Mas se eles lá foram ouvem algum barulho pensam que somos nós a andar à pancada."

 - A carreira de letrista também tem sido admirável - escreveu cerca de 300 letras de canções. Acha que as pessoas sabem que escreveu a célebre ‘Oração' para o António Calvário?

 - Algumas saberão. Outras não. A canção, tendo sido um desastre na Eurovisão, foi um sucesso cá - e continua a ser. O António continua a cantá-la em todos os espectáculos a que vai. Mas também se não souberem, não é importante. Às vezes nem eu me lembro que a canção que estou a ouvir foi escrita por mim. - Ganhou três vezes as Marchas de Lisboa. Isso também é importante para si?

 - Fi-las por acaso, mas foi importante tê-las feito. Sempre em colaboração, claro. Faz parte da tradição, é uma coisa que está agarrada a Lisboa. - Parte da sua carreira foi feita antes do 25 de Abril. Sentia-se constrangido?

 - Sempre. Havia a censura. No teatro, não havia quem não sonhasse, não digo com o 25 de Abril, mas com qualquer coisa que acabasse com a censura. Porque era um constrangimento muito grande. - Quando a revolução chegou, estava no Teatro ABC, a fazer a revista ‘Tudo a Nu', de que era autor, encenador e actor. Teve noção de que naquele momento tinha mudado tudo? - Sim. Viemos para a rua, houve histórias engraçadíssimas. Havia uma grande ingenuidade, uma grande vontade, um grande voluntarismo. O que levou a situações cómicas. Mas foi inesquecível. E então o 1º de Maio, a seguir ao 25 de Abril foi maravilhoso.

 - Logo a seguir funda o Teatro Adoque, companhia de revista à portuguesa, onde se lançaram a Ana Bola, a Helena Isabel, Virgílio Castelo, António Feio...

 - O José Raposo e muitos mais...

 - A revista é, para si, um género teatral maior?

 - Considero a revista à portuguesa um género extremamente importante. É um formato que se identifica muito com o nosso povo, um espectáculo eminentemente popular e eu tive provas disso logo a seguir ao 25 de Abril, quando muitos estrangeiros vieram a Portugal - grandes encenadores - para tentar perceber o que isto era. Iam ao Adoque e saiam de lá maravilhados. Inclusivamente o director do Berliner Ensemble. Na altura fazia-se muito Brecht. O entusiasmo dele encheu-nos de orgulho. Éramos muito voluntaristas, estávamos atrás de sonhos e ideais que infelizmente não se concretizaram, mas na altura acreditávamos. E um testemunho de uma pessoa daquelas, que praticava teatro político, teve para nós uma importância fundamental.

 - Entretanto, a televisão também tinha aparecido, e esse novo veículo tornou-o muito popular. Programas como o ‘Riso & Ritmo' e, posteriormente, ‘Canto Alegre' tornaram-no uma figura pública. Foi importante para si?

 - Adoro fazer televisão. O ‘Riso e Ritmo' foi um formato perfeitamente inovador e ainda hoje gente que o vê diz que era um programa que estava muito à frente. E era feito pelos gloriosos malucos das máquinas de televisão. O Armando Cortez (foi aí que se solidificou a nossa amizade), o Luís Andrade, um realizador todo para a frente... Era uma equipa divertida que gozava de uma liberdade muito grande e passaram-se coisas muito engraçadas. Acabou, abruptamente. Pedimos a uma colega para levar o inspector da censura a beber um café enquanto gravávamos um sketch sobre o Pai Natal em que um operário põe uma meia na chaminé, mas a meia tem um buraco. O mestre de obras põe uma botifarra em baixo e enche a botifarra toda. Aquilo foi para o ar e o tipo ia tendo uma apoplexia. Nunca mais houve ‘Riso e Ritmo'.

 - Vida cheia, muito trabalho. Sente que tem o reconhecimento devido por tudo o que fez? 

 - Não fiz nada para ser reconhecido. Fiz por amor. Não fiz nada à espera de reconhecimento, mas tenho tido algum. Recebi a Medalha de Mérito da Cidade de Lisboa, tive um prémio muito pitoresco - o Prémio Beatriz Costa - que muito me honrou. São coisas gratificantes, mas não foi para isso que fui para actor. Foi para ir fazendo, para construir qualquer coisa. E acho que tenho ajudado a construir muita coisa. Imodestamente.

 - É uma pessoa realizada?

 - Sim. Não me posso queixar da vida. - A não ser desse problema de saúde... - O transplante, sim. O doutor Eduardo Barroso e Manuela Morbey chamaram-me há dois meses e aconselharam-me, em função dos exames que fiz, a fazer um novo transplante. Eu, pela admiração e pela consideração que tenho por eles, disse logo que sim. Mas sou um optimista por natureza e espero que isto se resolva pelo melhor. Sei que estou em boas mãos.

 - Nesta fase, a Magda, com quem já se casou duas vezes, tem sido uma companhia imprescindível?

 - Se calhar volto a casar-me uma terceira vez, logo que isto passe... A Magda é uma companheira excepcional, para além de ser uma mulher extraordinária. É uma artista, bailarina com vários prémios, coreógrafa, cenógrafa, figurinista... Actriz, que entrou em várias novelas e programas de humor. É, para além disso, uma companheira única. Não tenho a certeza de merecer uma pessoa assim. Reconheço que tinha uma vida muito agitada, era um boémio militante, eu e colegas do teatro - o que aliás me ajudou a dar cabo do fígado - e depois encontrei a Magda e foi realmente uma coisa muito boa para a minha vida. Tem-me ajudado imenso nesta fase e ela tem sofrido imenso com tudo isto. E tenho a minha filha, os meus enteados, a minha família e os meus amigos. Têm sido um grande apoio. É muito bom ter amigos e família. Torna as coisas mais simples. Mais justificadas. Justifica lutarmos para estarmos vivos.

 - E continua a escrever?

 - Continuo. Já tenho uma série de rábulas escritas para uma hipotética revista para a qual espero vir a ser convidado. Não sei se o Hélder Freire Costa me convida, mas logo se vê.

 - A vida só acaba quando acaba?

 - É é. A vida é para ser vivida, não morrida.

HUMOR COM HUMOR SE PAGA