Thursday 19 December 2013

CÃO-GUIA SALVA CEGO

Cão-guia salta em trilhos do metrô de NY para salvar dono após desmaio


18.dez.2013 - O cão-guia Orlando acompanha seu dono Cecil Williams, 61, no leito de um hospital. O animal salvou a vida de Williams, que é cego, depois que ele desmaiou e caiu nos trilhos do metrô de Nova York, na última terça-feira (17) John Minchillo/AP
 
O cão-guia Orlando, um labrador retriever de quase 11 anos de idade, arriscou a própria vida ao saltar nos trilhos do metrô em uma estação de Manhattan, em Nova York (EUA), na última terça-feira (17). Tudo o que ele queria era salvar seu dono cego, que havia desmaiado e caído da plataforma.
 
Cecil Williams, 61, começou a se sentir mal na estação, no caminho para o dentista. "Ele tentou me segurar", disse Williams à agência de notícias Associated Press de sua cama no hospital, onde se recupera de ferimentos na cabeça após ter sido atropelado pelo trem.
 
Testemunhas disseram que Orlando latia freneticamente e tentou evitar que Williams caísse, sem sucesso. Quando o dono caiu, o cão-guia saltou para os trilhos e, mesmo com o trem se aproximando, tentou levantar Williams a todo custo.
 
"Ele o lambia, tentando fazer com que se movesse", disse Matthew Martin, uma das testemunhas, ao jornal "New York Post".

 Passageiros que estavam na estação, então, começaram a fazer sinais e pedir ajuda, e o maquinista desacelerou. Embora não tenha sido possível parar o trem a tempo, Willians e Orlando deitaram no vão que existe entre os trilhos e foram salvos --o labrador não se feriu.
 
 "O cão salvou minha vida", disse Williams. "Me sinto maravilhado. Sinto que Deus, uma força maior, tem algo reservado para mim. Não morri dessa vez. Estou aqui por uma razão", completou.
 
 Williams, que é cego desde 1995, agora se recupera dos ferimentos no hospital, onde pode ter a companhia de Orlando.
  
O labrador, que completará 11 anos de idade em janeiro, será aposentado, e Williams terá um novo cão-guia custeado pelo governo. Mas, como as despesas do aposentado Orlando não poderão ser custeadas, Williams está a procura de um novo lar para seu companheiro. "Eu com certeza gostaria de ficar com ele", disse, explicando que não tinha dinheiro para isso.
 

Wednesday 18 December 2013

OLIVEIRA DE MONSARAZ TEM 2450 ANOS

Oliveira de Monsaraz com 2450 anos é a segunda mais antiga de Portugal

 As oliveiras perdem a parte interior do tronco à medida que envelhecem
  Paulo Pimenta/Arquivo

Árvore datada com método desenvolvido por investigadores de Vila Real.
 

Uma oliveira na localidade alentejana de Monsaraz foi datada com 2450 anos, através de um método inovador desenvolvido por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real.
 
Esta é a segunda árvore certificada mais antiga de Portugal, anunciou esta terça-feira a UTAD, em comunicado. A mais antiga árvore portuguesa conhecida é uma oliveira com 2850 anos e foi também certificada pela UTAD há dois anos, em Santa Iria de Azóia.
 
A oliveira de Monsaraz, cujo tronco precisa de sete homens para o abraçar, vai receber a “certidão de idade” num acto público que irá decorrer na quarta-feira, na aldeia localizada no concelho de Reguengos de Monsaraz.
 
O método de datação foi desenvolvido pela UTAD, em parceria com a Oliveiras Milenares, empresa no Vimieiro, perto de Arraiolos, que vende oliveiras ornamentais, e tem como mentores José Luís Louzada e Pacheco Marques, investigadores do Departamento de Ciências Florestais e Arquitectura Paisagista.
 
Esta metodologia consiste num cálculo, feito através de um modelo matemático que relaciona a idade com uma característica dendrométrica do tronco, como seja o seu raio, diâmetro ou perímetro. Recorre-se ainda o estudo de outras árvores, com características idênticas: de forma comparativa,como se fosse um puzzle, vai-se preenchendo com informações dessas árvores a parte interior do tronco que as oliveiras muito antigas já não têm, o que impede a datação por radiocarbono.
Este método não provoca a destruição da árvore, pois não obriga ao seu abate, nem provoca lesões que comprometam a sua sanidade.
 
Esta fórmula permite estimar a idade de qualquer árvore muito idosa, podendo ir até aos três mil anos, mesmo que ela tenha o seu interior oco.
 
A oliveira de Monsaraz faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos espaços de uma unidade hoteleira local, que a UTAD acaba de certificar. A direcção do hotel pretende criar um percurso histórico dentro dos sete hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história.
 

 

Tuesday 17 December 2013

PRAXES DESENCADEARAM TRAGÉDIA DO MECO

 
Praia do Moinho: Praxes terão desencadeado tragédia no Meco
 
Sete jovens, envolvidos em praxes académicas, estão no centro da tragédia que ocorreu no sábado à noite na praia do Moinho, no Meco, em Sesimbra. Um estudante conseguiu salvar-se, mas os restantes seis foram levados pela força do mar. As autoridades já encontraram o corpo de um dos desaparecidos, os restantes cinco estão por encontrar. As buscas prosseguem para encontrar as quatro raparigas e o rapaz que não são vistos desde a noite de sábado.
 
Este era mais um fim-de-semana de praxes e diversão, como vem sendo habitual entre os alunos da Universidade Lusófona. Os sete estudantes, com idades entre os 20 e os 25 anos, que alugaram uma casa na pequena localidade de Aiana, em Alfarim, concelho de Sesimbra, estavam longe de imaginar que os três dias de diversão terminassem em tragédia, escreve esta segunda-feira o Diário de Notícias.
 
No sábado à noite, depois do jantar, os sete amigos resolveram ir até à praia do Moinho de Baixo, no Meco. Estavam trajados e sentados à beira-mar quando foram surpreendidos por uma onda que os arrastou. Apenas um jovem conseguiu salvar-se. Saiu do mar pelo próprio pé e alertou as autoridades. Outro jovem foi já encontrado, morto, e os restantes cinco continuam desaparecidos.
 
Durante o dia tinham estado a praxar os alunos mais novos. “Via-se bem que aquilo era uma praxe. Estava tudo na galhofa, mas a respeitarem o veterano”, disse ao Diário de Notícias um morador de Aiana.
 
As buscas por mar e terra foram retomadas esta manhã. Até ao meio-dia continuavam a revelar-se infrutíferas. Continuam cinco jovens desaparecidos: um rapaz e quatro raparigas, estudantes de cursos como Design de Comunicação, Comunicação Aplicada ao Marketing, Publicidade e Relações Públicas, Ciências da Comunicação e da Cultura e Gestão.
 
A Universidade Lusófona já declarou três dias de luto, tendo colocado a bandeira em meia-haste.
No areal da praia do Moinho vivem-se momentos de verdadeira aflição. Familiares e amigos dos jovens desaparecidos não querem acreditar na tragédia e aguardam que as autoridades encontrem os corpos das quatro raparigas e do rapaz que estão ainda por encontrar.